Acusado de encomendar morte de freira pede habeas-corpus ao TJ-PA

O empresário Regivaldo Galvão, o Taradão, um dos acusados de encomendar a morte da missionária Dorothy Stang, quer responder ao processo em liberdade e seus advogados deram entrada em pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça do Pará. Ele está há mais de um mês preso na sede da Polícia Federal, em Belém. Dorothy foi executada em 12 de fevereiro, em Anapu.

Os advogados de Galvão alegam que ele nada tem com o crime e que estaria sendo vítima de vingança pessoal arquitetada pelo suposto intermediário do crime, o capataz Amair Feijoli da Cunha, o Tato, que também apontou o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, como o segundo mandante do assassinato. A morte da freira custaria R$ 50 mil. Bida e Galvão ficariam responsáveis pelo pagamento de R$ 25 mil, cada um, a Rayfran Sales e Clodoaldo Carlos Batista, os executores.

O desembargador Eronides Primo, a quem o pedido de libertação de Galvão foi distribuído, informou que só irá se pronunciar após receber informações do presidente do processo, juiz Lucas do Carmo de Jesus. Ele também pediu a manifestação do Ministério Público. O MP é contrário ao pedido, alegando que Galvão, em liberdade, poderá coagir testemunhas. A defesa do acusado resolveu recorrer às Câmaras Criminais Reunidas do TJ depois que teve o pedido de relaxamento da prisão negado pelo juiz Lucas de Jesus há vinte dias.

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