ACM culpa Inocêncio por derrota de sua proposta do mínimo de R$ 384,29

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que comandou o movimento para que o Senado elevasse o valor do salário mínimo para R$ 384,29, ainda não aceita a derrota de sua proposta na Câmara, que restabeleceu o valor de R$ 300,00. Ele atribuiu a uma manobra do secretário-geral da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PMDB-PE) o sucesso da ofensiva do governo para manter o mínimo que está em vigor desde 1º de maio.

"Foi o Inocêncio que não permitiu a verificação de quórum, ontem. "Com votação nominal, nós ganharíamos", afirmou ACM, lembrando que a medida provisória do mínimo foi aprovada por voto simbólico (sem registro do nome dos deputados no painel eletrônico do Plenário) na Câmara. Em sinal de protesto, o senador enviou um telegrama a Inocêncio. "Quem está acostumado a realizar, nas suas fazendas, o trabalho escravo, não pode admitir, nunca, um melhor salário para os trabalhadores. Daí meu arrependimento de tê -lo apoiado algumas vezes para que galgasse postos no PFL", afirmou ACM no telegrama.

A primeira afirmação refere-se a investigação do Ministério do Trabalho, que encontrou trabalhadores em regime de escravidão em fazenda de Inocêncio; e a segunda, ao fato de Inocêncio anteriormente ter presidido e liderado a bancada do PFL, com apoio de ACM. Hoje, Inocêncio está no PMDB.

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