Vidas de Maria abre Festival de Brasília

Um Teatro Nacional lotado, com 1.400 pessoas sentadas e mais gente acomodada pelos degraus, assistiu na noite de anteontem a abertura do 37.º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi apresentada, fora de concurso, a produção local As Vidas de Maria. O filme, estréia na ficção de Renato Barbieri, agradou, mas não foi a apoteose esperada. Reação justa. Entre outros problemas, o humor poderia conviver com certa substância a mais na parte dramática.

Enquanto isso, a política do audiovisual esquenta, ainda com as disputas em torno da aprovação da Ancinav.

A polêmica do projeto do governo, que tem sofrido modificações, está longe de terminar. Na ação mais recente, foi lançada ontem, no edifício do Senado Federal, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Cinematográfica Brasileira. Em seu documento de criação, a Frente diz que seus objetivos são estimular, defender, proteger, divulgar e garantir a competitividade da indústria cinematográfica brasileira. Assinam o documento Ideli Salvati e Maurício Rands, do PT, e Beto Albuquerque, do PSB.

Além do princípio de frisson político, na manhã de ontem houve a divulgação do Prêmio Binacional das Artes Brasil-Argentina, iniciativa conjunta dos ministérios da Cultura dos países. Pelo Brasil, o escolhido foi o cineasta Beto Brant, e pela Argentina Hector Oliveira, diretor veterano, de filmes como "a Patagonia Rebelde e La Noche de los Lapisis.

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