Valores éticos ao alcance das crianças

O Tesouro das Virtudes para Crianças, consagrada série de literatura infantil, ganha um capítulo especial da Editora Nova Fronteira: uma terceira edição organizada pela premiada escritora Ana Maria Machado, cujos textos – poesia e prosa – estimulam e valorizam a adoção de valores virtuosos, como esperança, fé, justiça, modéstia, coragem, honestidade e bondade.

Os textos vão de contos dos irmãos Grimm a poesias de Manuel Bandeira e Cora Coralina. Clássicos ou contemporâneos, os textos apresentam as virtudes de uma maneira lírica e bem-humorada, ilustrados com delicadeza e poesia por Thais Quintella de Linhares e auxiliados por dois personagens muito especiais: o grilo Cri-Cri, a Criatura Crítica, que faz aparições ocasionais nas histórias contextualizando-as e chamando atenção para detalhes importantes, e a gulosa traça Aurelina que, depois de traçar um dicionário Aurélio inteiro, ficou sabendo o significado de todas as palavras e explica, de uma maneira muito didática, aquelas mais difíceis que aparecem ao longo do livro.

Bruxas e magos

As crianças mais miudinhas (até 7 anos) encontram outro bom lançamento da Nova Fronteira: A Bruxa Fofim, de Sylvia Orthof (1932-1997). Ainda inédito, o livro é todo ilustrado pela escritora e conta uma história divertida sobre uma bruxinha atrapalhada. Nas entrelinhas, a história enaltece o poder das palavras.

E as crianças-adolescentes encontram nas livrarias o terceiro livro da série Os Mundos de Crestomanci, da escritora inglesa Diana Wynne: Os Mágicos de Caprona (Geração Editorial, 264 páginas). Traz uma história excitante sobre duas famílias de mágicos da imaginária cidade italiana de Caprona – os da Casa Montana e os da Casa Petrocchi – que estão brigando há muito tempo, como os Montechio e os Capuleto, mas sem as mortes e as tragédias de Romeu e Julieta. Um mágico cruel está pondo a cidade de Caprona em perigo e fica a cargo da menor e da mais fraca – mas também a mais corajosa – das famílias de mágicos salvar a cidade.

Ex-aluna de Tolkien, Diana Wynne escreveu a série bem antes de Harry Potter. E como o assunto é magia a comparação é inevitável. A adolescente Ana Cristina, de 16 anos, estudante do segundo grau, disse que “quando viu na livraria achei que se tratava de mais uma imitação do Harry Potter; resolvi ler mesmo assim, porque estava adorando esse tipo de leitura; acabei achando tão bom ou até melhor que o Harry Potter, e recomendei para todas as minhas amigas”.

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