Uma releitura da Bossa Nova

O projeto Homenagem a Tom Jobim – Afro Bossa Nova, que desde o último dia 15 de maio realiza apresentações em espaços públicos de capitais brasileiras, está chegando a Curitiba. Hoje, às 16h, no parque São Lourenço e com entrada gratuita, o público curitibano poderá assistir a um show com o maestro Paulo Moura (clarinete) e o compositor Armandinho (bandolim e guitarra baiana).

Além de um repertório-base, formado por composições de Tom Jobim, os músicos prometem fazer uma releitura da Bossa Nova tradicional com instrumentos percussivos. ?Vamos apresentar as músicas do Tom utilizando cuíca, bandolim, agogô, pandeiro, tambores, congas e atabaques, elementos que não fazem parte da Bossa Nova Tradicional?, comenta Moura, que esteve junto a Tom Jobim e Sérgio Mendes na noite de Bossa Nova no Carnegie Hall, em 1962.

Através dos elementos de percussão, a intenção é fazer com que a Bossa Nova se torne mais próxima das classes sociais mais baixas, facilitando o entendimento das músicas. ?Com o projeto, estamos levando a Bossa Nova às pessoas através de uma linguagem mais popular. Estamos facilitando o entendimento do povão, mas sem perder a categoria e a qualidade da música?, diz.

O projeto Homenagem a Tom Jobim, que tem direção musical assinada pelo próprio Paulo Moura, é realizado com o apoio do Instituto Votorantim, por meio do Programa de Democratização Cultural Votorantim, através da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. É realizado como forma de festejar os cinqüenta anos da Bossa Nova, nascida em 1958, na zona Sul do Rio de Janeiro, com grande influência do jazz americano.

?Com os cinqüenta anos da Bossa Nova, o estilo musical ganha destaque novamente. Exemplo disso é que, ao longo deste ano, as músicas de Tom Jobim têm sido bem mais tocadas nas rádios. O projeto Afro Bossa Nova é nossa contribuição para que cada vez um número maior de pessoas goste de Bossa?, finaliza Paulo. 

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