Uma jornada na trilha de Chico Mendes

O que leva uma estilista e um empresário bem-sucedidos da zona sul do Rio a largar tudo para viver no meio da floresta amazônica? Os dois haviam conhecido Chico Mendes em uma passeata na orla carioca um mês antes de o líder seringueiro ser assassinado. Decidiram então mudar suas vidas – e o mundo. Deixaram tudo para trás e foram viver a aventura amazônica.

Em meio a índios e seringueiros, sonharam criar no coração da floresta tropical um produto sofisticado e ecológico capaz de ganhar as vitrines da moda internacional.

Começava assim a indústria do couro vegetal e a saga de uma jovem saída de Ipanema em busca de um sonho amazônico. Amazônia, 20.º andar, do jornalista Guilherme Fiuza, é o relato desta aventura.

No dia do seu aniversário de 30 anos, a estilista carioca Bia Saldanha foi sozinha para a Amazônia. No Rio de Janeiro, deixava para trás momentaneamente seu filho e definitivamente um casamento e um estilo de vida urbano. Bia conhecera Chico Mendes numa passeata carioca, em novembro de 1988.

Em dezembro, o líder seringueiro era assassinado, e ela descobria que a floresta não seria salva com slogans à beira-mar. Fechou sua butique em Ipanema, associou-se ao empresário João Augusto Fortes – que também largava seu cargo numa das maiores construtoras do País – e aventurou-se pelas matas do Acre.

Com índios e seringueiros, a dupla urbana montou um plano ousado e o executou em plena mata tropical. Em poucos meses, os dois ergueram a indústria do couro vegetal iniciando uma história repleta de paixões, traições, perigo, muito dinheiro, façanhas e fracassos.

Em Amazônia, 20.º andar, Guilherme Fiuza refaz a trajetória desta aventura que nasceu na orla de Ipanema, embrenhou-se pela mata e chegou a Paris e Nova York.

O autor

Guilherme Fiuza é jornalista, nasceu no Rio de Janeiro em 1965. É autor de Meu nome não é Johnny (Record), livro que deu origem ao filme assistido por mais de dois milhões de espectadores.

Também é autor do livro 3.000 dias no bunker, reportagem sobre os bastidores do poder durante a guerra contra a inflação no Brasil. Trabalhou em O Globo, no Jornal do Brasil e em NoMínimo, entre outros veículos. Assina um blog na revista Época (www.guilhermefiuza.com.br)

Serviço

Amazônia, 20.º andar. Guilherme Fiúza. Editora Record. 272 páginas + 42 de encarte. Preço: R$ 42,00.

O jornalista Guilherme Fiuza é quem relata no livro Amazônia, 20.º andar, a aventura da estilista carioca Bia Saldanha e do empresário João Augusto Fortes que, juntos, ergueram a indústria do couro vegetal. Guilherme também é autor de Meu nome não é Johnny, livro que deu origem ao filme com Selton Mello. (Foto: Divulgação)