Uma história divertida de Ariano Suassuna

A comédia musical “Farsa da Boa Preguiça”, de Ariano Suassuna, será apresentada neste final de semana em Curitiba. As apresentações acontecem no Teatro da Caixa, de 25 a 27 de novembro. No elenco de protagonistas, Guilherme Piva, Bianca Byington e Jackson Costa. Juntam-se a eles os atores Daniela Fontan, Leandro Castilho, Vilma Melo, Flavio Pardal e Francisco Salgado. A peça teve várias indicações a prêmios e foi contemplada com Prêmio Shell de Melhor Figurino e Prêmio Contigo de Melhor Musical Brasileiro.

A peça, indicada para todas as idades, narra a história de Joaquim Simão (Guilherme Piva), poeta de cordel, pobre e “preguiçoso”, que só pensa em dormir. Joaquim é casado com Nevinha (Daniela Fontan), mulher religiosa e dedicada ao marido e aos filhos. O casal mais rico da cidade, Aderaldo Catacão (Jackson Costa) e Clarabela (Bianca Byington), possui um relacionamento aberto. Aderaldo é apaixonado por Nevinha e Clarabela quer conquistar Joaquim Simão. Três demônios fazem de tudo para que o pobre casal se renda a tentação e caia no pecado, enquanto dois santos tentam intervir. Jesus observa e avalia tudo. A partir daí, situações inusitadas e muito divertidas fazem deste texto uma das peças mais divertidas do teatro brasileiro.

“Ao encenar esse texto queremos reverenciar o mestre Ariano Suassuna e sua obra. Queremos celebrar, com carinho e alegria, aquilo que somos: artistas do povo brasileiro”, resume João das Neves, diretor do espetáculo.

Para Ariano Suassuna, a “Farsa da boa preguiça” tem dois temas centrais. Nela, não defendo indiscriminadamente a preguiça – coisa que, aliás, não poderia fazer, pois ela é um dos “sete vícios capitais” do Catecismo. No Teatro antigo, havia uma convenção, segundo a qual, no fim da história, o autor podia dar sua opinião sobre o que acontecera no palco. Era a chamada “licença”, ou “moralidade”. Pois bem. Na “licença” da “Farsa”, numa das estrofes finais do terceiro ato, diz um dos personagens:

“Há uma Preguiça com asas,
outra com chifres e rabo.
Há uma preguiça de Deus
e outra preguiça do Diabo.

Mamulengos

Durante os ensaios, por sugestão do diretor, os atores fizeram oficinas de mamulengos – tipo de fantoche típico do Nordeste, especialmente em Pernambuco – com o artista plástico Gil Conti. O grupo se saiu tão bem, que o diretor resolveu utilizá-los em cena. Os mamulengos representam cada personagem e trazem as características físicas de cada ator. Durante o espetáculo os personagens são representados também pelos bonecos.

Serviço:
Farsa da Boa Preguiça.
Local: Teatro da Caixa – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba.
Data: 25, 26 e 27 de novembro.
Horários: sexta e sábado às 21h, domingo às 19h.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia conforme legislação e correntista da Caixa).
Informações: (41) 2118-5111.

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