Um filme para quem não tem preconceitos (se tiver algum, musical, sexual, social, é melhor nem ir). Não vejo melhor definição para apresentar-lhes a oportunidade de assistir Paraíso Perdido, dirigido por Monique Gardenberg, que estreou há poucos dias e já está quase se despedindo dos cinemas curitibanos.
A cruel fome de bockbusters norte-americanos dos cinemas locais mantém o filme que sugiro respirando por aparelhos em apenas uma sala de cinema de Curitiba (no Shopping Estação, com sessão às 13h).
O filme conta uma história de amizade e de amor. Daqueles que doem, mas que também dão esperanças. Uma história de como os erros que cometemos podem nos ferir, mas também nos ensinar. As ações de hoje repercutem para sempre nas nossas vidas. Fantasmas do passado que voltam e nos acertam em cheio e mudam perspectivas. Decisões do presente que definem nosso futuro.
Tudo isso emoldurado por uma trilha sonora primorosa, mas brega ao extremo. A direção musical é do cantor e músico Zeca Baleiro.
Todo o filme é contado pela interpretação dos personagens de músicas romântico-bregas que fizeram parte das nossas vidas, por prazer ou até imposição de nossos pais. Tem de Waldick Soriano à Marcio Greyck, passando por Odair José e Reginaldo Rossi. Interpretações emocionantes do cantor Jaloo, paraense que estreou como ator, Seu Jorge e Julio Andrade, este dando mais uma vez um banho de interpretação (porque é sincero, é honesto) e, pasmem, cantando muito bem também.
Quando disse lá em cima que era um filme para quem não tem preconceitos, quis dizer que é preciso despir-se de alguns conceitos prévios sobre o que é boa música (letra e melodia) e o que é o amor. Neste filme tem amor entre homens, mulheres, triângulos amorosos, amor perdido, amor do passado, amor de amigos, amor de primos. Amor em todas as duas formas.
O filme segue em exibição no Shoping Estação, sala 9, às 13h. Os preços variam de R$ 14 a 27 reais, dependendo do dia e tipo do ingresso (meia ou inteira).