Acostumado a fazer piada de tudo o tempo todo, o “casseta” Reinaldo não perde o humor nem quando o assunto é ele próprio. Vencedor da eleição dos “Melhores & Piores de 2003” de TV Press, na categoria Melhor Humorista, Reinaldo traz na ponta da língua a principal vantagem do reconhecimento. “O melhor de tudo é que não me candidatei, nem gastei dinheiro com a campanha”, brinca. O preço, no entanto, ele descobre pouco tempo depois, ao responder ao bate-bola sobre suas preferências televisivas. “Isto mais parece um inquérito! Afinal, eu ganhei uma eleição ou estou sendo acusado de alguma coisa?!”, surpreende-se, aos risos.
Irreverência à parte, Reinaldo concorda que 2003 foi um ano especial para a turma do Casseta & Planeta. Principalmente pelo lançamento do longa-metragem A Taça do Mundo É Nossa, um projeto de pelo menos três anos. Mas Reinaldo garante que o grupo não é de fazer muitos planos para o futuro. “Nosso trabalho é imediato. Temos de pensar no que vamos fazer nesta semana e não no próximo ano”, justifica, sem esconder que a cobertura das Olimpíadas de Atenas é um dos projetos para 2004.
Nome:
Reinaldo Batista Figueiredo.Nascimento:
Em 3 de novembro de 1951, no Rio de Janeiro.Momento marcante:
“Não sou muito bom de história, nem mesmo a pessoal. Aliás, gosto mesmo é do conjunto da obra”.Primeira aparição na tevê
: Como calouro no programa de Flávio Cavalcanti. “Eu era garoto, combinei uma brincadeira com um colega e fui tocando cavaquinho e ele batendo lápis no dente. Tocamos Conversa de Botequim, do Noel Rosa, e ganhamos o prêmio da noite”.Humorista:
Luís Fernando Veríssimo. “Ele não é só um excelente escritor, é um grande humorista”.Programa de humor:
A Grande Família. “O nosso não vale, né?”.A que gosta de assistir na tevê:
Documentários.A que jamais assistiria:
“Um programa apresentado por George Bush”.O que falta na tevê:
Musicais. “Com pessoas tocando de verdade.”Livro de cabeceira:
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.Vídeo de cabeceira:
Zelig, de Woody Allen.Mania:
“É melhor perguntar para os outros. Eu vou dizer que não tenho”.Vexame:
“Quer vexame maior que gravar uma cena na rua fantasiado de Rosane Collor?”.Se não fosse humorista seria:
Músico ou cartunista.Arrependimento:
“Não ter aprendido a tocar piano”.Projeto para o futuro:
“Aprender a tocar piano”.