Stupid White Man é fenômeno editorial

Mesmo tendo sido desmascarado recentemente (pela cena adulterada no “documentário” Tiros em Columbine), Michael Moore (o documentarista que espinafrou George W. Bush no Oscar) continua vendendo como água nas livrarias.

A primeira edição (10 mil exemplares) do seu livro Stupid White Man – Uma Nação de Idiotas (Editora Francis, 288 pág., R$ 34) se esgotou há pouco mais de dez dias, o que está obrigando a editora a fazer a segunda edição a toque de caixa. O livro do inimigo número 1 da América de George W. Bush já é a quinta obra de não-ficção mais vendida nas listas brasileiras de best-sellers.

Lançado no mercado norte-americano pouco depois do fatídico 11 de setembro de 2001 (por pouco a obra não deixou de ser publicada, por ser considerada excessivamente crítica e “antipatriótica”), Stupid White Man é uma sátira-provocação sem paralelo na história recente dos EUA. Denuncia as falcatruas dos colarinhos-brancos ianques em geral, e em particular da “jogada” que levou George W. Bush, derrotado nas eleições de 2000, à Casa Branca. Tampouco perdoa os golpes nas grandes corporações, a falência do seguro social, o conservadorismo, a expansão do negócio das penitenciárias, e o american way of life.

O livro tornou-se fenômeno editorial em todos os países em que foi lançado. Nos EUA, vendeu 50 mil exemplares em apenas 24 horas. É best-seller também na Alemanha, Inglaterra e Austrália, tendo sido eleito o “livro do ano” na Inglaterra. Também conseguiu cair nas graças da imprensa norte-americana: “Um livro sensacional!”, publicou o San Francisco Chronicle. “Se as condições do país ficarem mais sombrias, Moore se tornará o homem mais engraçado da América”.

Dá para se ter uma idéia do humor corrosivo deste americano típico – gordo, bonachão, viciado em pasta de amendoim e cujo controle remoto é praticamente uma extensão do corpo – neste trecho: “Nosso governo foi deposto. Nosso presidente eleito foi exilado. Homens brancos idosos, brandindo martinis e usando colarinhos postiços tomaram a capital da nossa nação. Estamos sitiados. (…) Então, quem é o homem que atualmente ocupa o número 1.600 da Avenida Pensilvânia? Vou lhes dizer quem: George W. Bush, “presidente? dos Estados Unidos. O ladrão-chefe”.

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