Skol Sensation enfatiza paz e amor

Pavilhão do Anhembi lotado. De branco, o público que foi ansioso ao Skol Sensation, evento de música eletrônica de renome internacional que estreou no País no último sábado, dia 4, em São Paulo, parecia sentir-se um pouco mais próximo às grandes festas européias.

À primeira vista, a edição brasileira já seria suficientemente bem-sucedida pela quantidade de adeptos à proposta de aderir à indumentária e assistir a um espetáculo contextualizado, com performances de dança e cenografia impecáveis a expectativa de público, de cerca de 40 mil pessoas, se concretizou.

Mas o andamento da noite provou que era mais que isso. Tratou-se mesmo de uma conectividade entre DJs e público capaz de satisfazer à avidez por uma experiência no mínimo diferente de música e dança, incluindo acrobacias e encenações temáticas.

O Sensation nasceu em Amsterdã, na Holanda, no ano 2000. Desde então, já rodou 22 países e chegou finalmente ao Brasil este mês. Mais que uma festa, é uma reverência à música eletrônica, sempre enfocando um tema específico.

Aqui, a temática Tree of Love (ou árvore do amor) enfatizava sentimentos como paz, amor, paixão. E as luzes, encenações e efeitos pirotécnicos que acompanhavam os shows -os DJs são mesmo colocados em total evidência – davam conta de fazer pulsar a pista.

O palco onde ficam posicionadas as pick-ups, especialmente decorado para transmitir a mensagem de confraternização que a festa prega, centralizava o espetáculo e permitia total interação entre público e música.

Para completar, todo mundo vestindo branco: a cor da roupa, que na primeira edição era apenas uma sugestão, se tornou obrigatória. Uma homenagem ao fundador do projeto, o holandês Duncan Stutterheim, que, ao perder o irmão em um acidente, decidiu substituir o luto do preto pela paz do branco. Visualmente, deixa o espetáculo ainda mais harmonioso.

Eles, os DJs

Em São Paulo, o Sensation começou com o brasileiro Gui Boratto, que na edição de setembro do ano passado do Skol Beats fechou a festa. No Sensation, um representante de peso da música eletrônica de cada país é criteriosamente escolhido para iniciar ou dar fim ao evento. E foi ele quem levou o posto dessa vez para dar início à balada.

Deu certo. O embalo criado no público, com hits atuais e dançantes, deu o tom para a entrada do segundo nome da noite, Erick E, famoso por tecer as noites de Amsterdã.

Pela primeira vez se apresentou no Brasil e, tal como de costume, seus grooves energéticos e bastante ritmados levaram ao delírio os espectadores embora o Sensation seja feito muito mais de participar que de assistir, apenas.

O britânico Lucas Baldwin, que já presenciou edições na Alemanha e Holanda, disse que a edição brasileira foi ainda melhor nesse aspecto. O motivo? “Brasilian people”, justificou. O povo brasileiro, segundo ele, é o mais envolvente que já viu.

A entrada de Fedde Le Grand, o terceiro DJ, provou isso. O holandês, famoso por emplacar o hit Put your hands up for Detroit, conseguiu ainda mais conectividade entre o público, dando espaço para a entrada do Mega Mix, momento em que a festa fica mais interativa.

Clássicos do club music uniram-se a performances acrobáticas para fazer o público parar para assistir. Uma grande flor, com bailarinos ao centro, abria espaço em meio à pista, simbolizando o aflorar da paixão. Enquanto isso, luzes coloridas e fogos de artifício explodiam em torno do palco.

Foi quando o trance de Ferry Corsten entrou em cena. Mais melódico, desabou no público sings de sucesso, como Hey girls, hey boys, superstar DJs, here we go!. A lista dos, superstars da e-music, depois, estava completa com Mark Knight e Mason, que finalizaram o espetáculo.

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