“Sim e Não”, faixa por faixa

"Sim": "Compus em Petrolina, depois de ter concluído a canção ‘Caneco 70’. O refrão é algo quase épico, fiquei em dúvida se era do meu gosto ou não. Anjo é uma palavra que nunca usei numa música."

– "Sou Dela": "Fiz no estúdio, para minha atual mulher. Foi rapidamente composta numa noite e arranjada e gravada no dia seguinte. É minha vontade de ser Michael Jackson musicalmente falando (risos)."

– "N": "É a inicial do nome de uma mulher. Escrevi essa letra muito rápido também. A Nani mora no Rio Grande do Sul. Ela foi para lá e depois que a deixei no aeroporto, fui almoçar, sentei, deu aquela saudade. Escrevi no guardanapo a letra praticamente inteira e musiquei. É meu lado aprendiz de Roberto e Erasmo."

– "Monóico": "Descreve a entrega de uma relação sexual de um casal, em que a dissolução do corpo, como gênero, é indicativo da intensidade do amor pela fusão dos próprios corpos. Há uma aparente inversão de sexualidade."

– "Nos Seus Olhos": "É uma história meio de Romeu e Julieta. Acho que é a primeira música que faço que deveria ser cantada por duas vozes. Fiz pensando em um enredo de uma possível trilha sonora de filme, que acabou não acontecendo. Gostei da música e usei-a. Tentei chamar uma mulher, mas preferi cantar sozinho."

– "Santa Maria": "É a mais antiga do disco, feita em 1998. É um bom exemplo de um arranjo da minha banda."

– "Espatódea": "Fiz para a minha filha, Zoe, que me cobrava uma música desde que fiz "O Mundo É Bom, Sebastião". Fiz "Púrpura", do CD "A Letra A", antes de ela nascer. Tinha vontade de ter uma filha ou um filho ruivo e ela é a única ruiva. Quando gravei a música, com Zoe já nascida, fiz um vocal que fala dela, mas ela percebeu que a canção não era bem para ela e me perguntava: "Pai quando você vai fazer uma música ‘O Mundo É Bom, Zoezinha’?" Daí, fiz "Espatódea". Fala explicitamente do que foi o nascimento dela na minha vida, usando essa imagem da espatódea, que é uma flor. Ela tem só 6 anos, mas sei que gostou. Meus outros filhos nunca exigiram isso, estão mais velhos. A Sophia, que está com 17 anos, quer ser atriz, fez curtas, está fazendo faculdade de Fotografia."

– "Para Luzir o Dia": "É uma música diferente, porque é em três divisão muito incomum com as coisas que faço. Parece um pouco com ‘Diariamente’. Tem um arranjo lindo de cordas. É meu lado meio Yes."

– "Como se o Mar": "É meio cinematográfica, feita a partir de uma fotografia. Dá uma sensação."

– "Pra Ela Voltar": "Não tem bateria, assim como ‘Espatódea’. É uma letra de que gosto muito, fala de um sujeito que está sentindo falta de alguém. Foi uma canção que deu certo trabalho. Já me angustiei muito com isso, agora fico calmo. Voltamos depois, percebemos que não precisava de bateria e essa foi a solução."

– "Caneco 70": "É muito autobiográfica. É uma história minha, de amor, de uns anos pra cá, que terminou. Gosto de músicas longas. Não parece com uma típica música minha. Ainda bem."

– "Ti Amo": "É uma valsinha que até pensei que poderia ser cantada numa cantina. O ?ti? é um italianismo, mas a gente também fala ti amo. Te amo é muito formal para uma expressão tão íntima como essa. Não tenho lado italiano na família, é só meu paulistanês. E meu amor por pizzas."

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