Série ‘The Night Shift’ mostra cotidiano de médicos

Se o San Magno – fictício hospital da novela Amor à Vida, exibida até janeiro deste ano – parecia confuso, o San Antonio Memorial, onde se passa a série The Night Shift, no ar às segundas, às 22 horas, no canal A&E, é o exemplo de que os médicos da ficção podem ser mais criativos do que se imagina ao dar expediente no turno da noite.

O ponto de partida da produção – que, nos Estados Unidos, conseguiu fisgar 7, 8 milhões de telespectadores na primeira temporada – é a chegada de TC Callahan (Eoin Christopher Macken), que, após missões no Afeganistão, passa por momentos mais difíceis ainda no novo trabalho enquanto relembra a experiência no Oriente Médio. Em meio às cirurgias, ele ainda tem de ouvir as piadas dos irreverentes plantonistas, como Drew, vivido por Brendan Fehr.

O ator acredita que o humor é um dos fatores que atraiu o interesse do público depois do sucesso de séries médicas, como ER – Plantão Médico e Grey’s Anatomy. “A nossa é só no turno da noite, acho que não há isso nas outras. Há também a questão dos militares. Há muita comédia e romance”, aposta Fehr, esquecendo-se de Combat Hospital (2011), que mostrava o dia a dia de um hospital militar montado no Afeganistão.

Além do núcleo de médicos que arma pegadinhas para os colegas, há outros mais sérios, como o dos residentes que acabam de chegar ao San Antonio para pôr os ensinamentos em prática. Entre os tipos caricatos está Landry de la Cruz (Daniella Alonso), a solitária psiquiatra da noite que fica mais preocupada com os companheiros de trabalho do que com os pacientes. Michael Ragosa (Freddy Rodriguez, visto na série A Sete Palmos) é o responsável por controlar o orçamento e os excessos da equipe do hospital.

O elenco afirma não ter recebido reclamações de médicos e enfermeiras que assistiram à série. “Nós vemos o que acontece nas redes sociais. Temos uma resposta positiva. Alguns dizem o que podemos melhorar e apontam o que é diferente (da vida real). Recebemos muita informação, mas checamos a autenticidade”, disse Jeananne Goossen, que encarna a residente Krista na trama.

A atriz defende que há um esforço para dar verossimilhança à produção. “Existem médicos profissionais trabalhando como consultores. Eles também ajudam os roteiristas. Tentamos fazer a história mais interessante. Também fizemos um treinamento antes de gravar para saber que estávamos fazendo a coisa certa com técnicas médicas”, contou ao Estado, em teleconferência com jornalistas da América Latina.

Assim como os personagens de The Night Shift, que viram a noite para honrar o salário, Jeananne confessa já ter tido experiência ao dar expediente à noite. “Fui bartender em um período antes dos testes para os papéis. Os horários eram bem loucos”, relembra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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