Santoro promete em novo filme

Rodrigo Santoro rodou ontem suas últimas cenas do longa de estréia de Philippe Barcinski, Não por acaso. O filme leva jeito de ser um dos mais interessantes da nova safra do cinema brasileiro. Produzido pela O2, de Fernando Meirelles, será distribuído (possivelmente no primeiro semestre de 2007) pela Fox. O diretor é ótimo, autor de curtas que fizeram história (O postal branco, Palíndromo e A janela aberta), o roteiro, do próprio Barcinski com a mulher, Fabiana Werneck, e Eugênio Puppo, é intrigante e muito bem construído, o elenco é ótimo e a equipe técnica reúne figuras tão expressivas quanto o fotógrafo Pedro Farkas e a diretora de arte Vera Hamburger. O título do filme tem tudo a ver com a história que Barcinski quer contar, sobre dois sujeitos metódicos, no limite do obsessivo, cujas vidas terminam por se tocar num determinado momento. Santoro faz Pedro e Leonardo Medeiros é Ênio. As histórias cruzadas dos dois falam de controle, obsessão, desejo e redenção. Ênio é um engenheiro de trânsito que sonha controlar não só o trânsito de São Paulo como sua vida familiar. Pedro é marceneiro especializado na construção de mesas de bilhar. Santoro talvez seja o ator de sua geração que mais ousa. Em filmes como Bicho de sete cabeças, de Laís Bodanzky, Abril despedaçado, de Walter Salles, e Carandiru, de Hector Babenco, ele conseguiu impor um talento e tanto. A carreira internacional vai bem. Ele acaba de fazer 300, do diretor Zach Snyder, sobre o episódio mitológico dos 300 guerreiros de Esparta que ofereceram resistência (e venceram) o exército persa com milhares e milhares de homens. 

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