Rock Rocket explora seus limites em novo disco

Desde 2002 caminhando entre o underground e o mainstream, a banda paulistana Rock Rocket está de volta com seu rock n’ roll inspirado no punk e no garage dos anos 1960 e 70, agora com uma cara mais contemporânea produzida por Guto Gonzalez no novo disco Citadel – o lançamento digital ocorre nesta sexta, 16, em primeira mão, no portal do jornal O Estado de S.Paulo.

É o quarto disco de estúdio da banda, que, nos anos 2000, emplacou na MTV hits como Puro Amor em Alto Mar e Por um Rock’ n’ Roll Mais Alcoólatra e Inconsequente. A inspiração rebelde, que já vinha ganhando novos contornos desde o disco Rock Rocket III (2012), permanece, agora renovada. “Penso nesse punk que nos influenciou, dos anos 1970, como uma atitude rebelde, e isso continua, nem sempre relacionado a um posicionamento político”, diz o baterista Alan Feres, do Rock Rocket, em conversa com o jornal O Estado de S.Paulo.

O baixista Jun Santos, que grava seu segundo disco com a banda, diz estar entusiasmado com a produção do álbum, talvez a principal novidade de Citadel. “Temos as referências do passado, do velho e bom Rock Rocket, mas a ideia era atingir um público com essa nova pegada”, comenta. O vocalista e guitarrista Noel Rouco, que completa o trio, concorda. “Esse disco tem dois dedos do Guto (produtor), ele o tratou com muito carinho e empenho.” O disco teve financiamento coletivo.

As novas letras, mais do que antes, reforçam a relação da banda com a cidade de São Paulo – outra das questões contemporâneas que permeiam o álbum. Noturna Supernova (prima de uma nova psicodelia que parece cada dia mais latente no rock do século 21), Em São Paulo e Fatiado Discos são canções que dialogam diretamente com o concreto da capital – o título do álbum, emprestado de um projeto do fotógrafo Davilym Dourado, também deixa as coisas mais claras.

Mas é com Punk SP 80, composta por Feres (que divide os vocais na faixa com Ariel Invasor, ícone do punk rock paulistano da década de 80), que o Rock Rocket bate o pé, presta sua homenagem definitiva ao movimento e consolida seu próprio lugar no rock nacional.

Fatiado

“Eu fui na Fatiado Discos, tomar breja, escutar Pistols, é assim que vida me mantém”: os versos da música Fatiados Discos são uma espécie de homenagem à “lojinha” de Alan Feres que antes ocupava uma pequena garagem na Rua Havaí e, no início deste ano, se mudou para algumas quadras acima. Agora, o amplo espaço na Av. Prof. Alfonso Bovero, 382, tem eventos diários de terça a sábado, com DJ set, cervejas especiais e hambúrgueres. Uma exposição com cartazes e fotos sobre o movimento punk paulistano ilustra as paredes da loja até novembro. Outras das iniciativas recentes inclui um “jantar dos refugiados”, uma parceria com a Ocupação Leila Khaled, que abriga refugiados sírios e palestinos em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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