Rock dá adeus a Johnny Ramone

Morreu ontem em Los Angeles, de câncer na próstata, o guitarrista Johnny Cummings, aos 55 anos. Cummings era ninguém menos que Johnny Ramone, guitarrista do famoso grupo punk The Ramones.

Nascido em Long Island, Johnny Ramone foi um dos quatro garotos de preto que, nos idos de 1974, criaram em Nova York a mítica banda de punk Ramones, e gravaram um disco com US$ 6,4 mil (num tempo em que Fleetwood Mac gastava meio milhão de dólares para gravar) e tornaram-se uma referência para milhares de grupos no mundo todo – influenciando inclusive a cena punk da Inglaterra, onde se costuma dizer que é o berço do punk.

A sina dos Ramones, banda que gravou, em 22 anos de atividade, 13 discos (até a separação definitiva, em 1996), tem sido terrível. Em 2001, o grupo já perdera Joey Ramone, nascido Jeffrey Hyman em 19 de maio de 1951, vitimado por um câncer linfático, aos 49 anos. Em 2002, o baixista Dee Dee Ramone (codinome de Douglas Colvin) foi encontrado morto, também aos 49 anos, também em Los Angeles, vítima de uma overdose de heroína. Sobram Tommy (que deixou a banda em 1978) e CJ Ramone.

Conduzidos ao Hall of Fame do rock, os Ramones eram adeptos de um rock cru, direto, antiglamouroso e honesto (ou, como disse o próprio Johnny Ramone, “sexy, duríssimo, furioso, cômico”), os Ramones eram o oposto dos opulentos grupos de rock de sua época. Em São Paulo, onde estiveram diversas vezes, eram (e são) cultuados por um dos mais fiéis fãs-clubes do mundo. Tocaram em shows problemáticos no Largo da Batata e deram autógrafos na rua no Anhangabaú. Em Curitiba a banda tocou em meados dos anos 90s.

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