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Retorno inverte os papéis dos irmãos e mostra agilidade

Na última aparição de Michael Scofield, personagem interpretado por Wentworth Miller, ele estava morto. Mas isso foi em 2009, quando a quarta e até então última temporada de Prison Break foi ao ar. Se você não quiser saber o destino dele, assim como do seu irmão, Lincoln Burrows (Dominic Purcell), é melhor parar por aqui.

Isso porque a série está de volta, com uma quinta temporada, graças aos novos fãs que surgiram ao longo dos últimos oito anos, e o faz com uma inversão de papéis. Desta vez, diferentemente dos quatro primeiros anos, é Scofield quem está encarcerado e caberá a Burrows resgatá-lo com vida de uma prisão em Saná, capital do país asiático Iêmen.

Os novos papéis para cada um dos irmãos traz uma nova dinâmica à série. E fôlego, também. O personagem de Burrows se mostra falho e, ao mesmo tempo, obstinado a perseguir uma pista que poderia levar ao seu irmão. Durante anos, no período entre a quarta e quinta temporadas, Burrows viveu a ausência de Scofield em liberdade. Sem aquele que lhe ajudava a seguir o rumo correto, desviou seu caminho. Ou melhor, voltou para o crime que tanto problema lhe causou. A possibilidade de Scofield estar vivo, mesmo que do outro lado do mundo, para Burrows, é, a redenção, enfim.

“Lincoln, é, obviamente, um cara problemático, de certa forma trágico e a perda do irmão ajudou a levá-lo para o fundo do poço”, explica Dominic Purcell, ator que voltou a interpretar o irmão mais velho da trama. “Ele estava saindo do controle mais uma vez. Ao descobrir que seu irmão estaria vivo, a vida dele ganhou um objetivo de novo.”

Sujeito duro, de rosto marcado pelo tempo, Purcell é a cara da nova temporada de Prison Break. O tempo passou para os irmãos Scofield e Burrows e a forma de se fazer televisão mudou desde então. O primeiro episódio da quinta e nova temporada, que chega ao Brasil pela Fox nesta terça-feira, 4, foi visto pela reportagem na semana passada. E, pelo menos no primeiro capítulo dessa nova trama, há a dinâmica entre nostalgia, serviço aos fãs e uma história que segue em frente.

É interessante ver como os anos que se passaram trataram cada um dos personagens que nos acostumamos a acompanhar semanalmente – ou em maratonas, como os novos fãs que conheceram Prison Break na Netflix. Tão interessante quanto a própria jornada de Burrows nesse primeiro episódio é saber o legado deixado pelo irmão dele. Sara (Sarah Wayne Callies), o interesse amoroso de Scofield e com quem ele tem um filho, tenta fugir do fantasma do personagem. O guri de ambos, contudo, continua a jogá-la de volta para o tempo em que ele estava vivo – ao lado dela.

Com apenas um episódio, é difícil estabelecer a excelência da quinta temporada de Prison Break. É preciso ter cuidado para evitar a repetição que já incomodava nas quatro primeiras temporadas. É preciso seguir, sempre em frente, para honrar o que ficou para trás.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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