Público aplaude cinema brasileiro

O público do Cinema Arlequin no segundo dia do VII Festival de Cinema Brasileiro de Paris, em sua maioria francês, teve a chance de conhecer fases e realidades diferentes do Brasil de hoje e dos últimos 30/40 anos. O primeiro filme a ser exibido foi Cazuza, que teve a presença do ator Daniel de Oliveira explicando a importância do cantor e compositor para a música brasileira e como ícone de toda uma geração. Quase dois irmãos, de Lúcia Murat, foi a segunda sessão do dia, mostrando o encontro de presos políticos com outros presos na prisão de Ilha Grande. Misturando presente e passado, o filme retrata como, a partir deste encontro, foi criado o Comando Vermelho, alem de retratar o drama de jovens meninas que se envolvem com marginais e traficantes. A atriz Maria Flor conversou com a platéia após a exibição, quando foi questionada se a historia do filme era real ou baseada em fatos reais e se realmente houve esse intercâmbio de conhecimento entre os presos políticos e os marginais.

?O filme é muito importante para minha geração, que não viveu essa época. Hoje vivemos apenas essa violência, e será muito difícil controlar o tráfico de drogas e as favelas. Quando vemos um filme como esse, a história dos presos políticos, tudo o que passaram, inclusive a própria Lúcia Murat, diretora do file e que foi uma presa política, voltamos a ter esperança?, disse Maria Flor. Justiça, de Maria Augusta Ramos, apresentou a realidade dos corredores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e, segundo a diretora, um retrato da discriminação da pobreza no Brasil. O último filme da noite foi Do outro lado da rua, de Marcos Bernstein e com Fernanda Montenegro e Raul Cortez nos papéis principais.

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