No Festival de Artes da Rede Estudantil (Fera) estão ocorrendo simultaneamente 50 oficinas com temas como literatura, teatro, dança, música e artes plásticas, sendo 40 voltadas aos cinco mil alunos participantes e 10 aos 550 professores.
Segundo Renato Torres, que está ministrando a oficina denominada ?Xilogravura? voltada aos professores, seus alunos demonstram muito empenho. ?Estamos dando subsídios aos professores ao ensinar o processo da xilogravura, que é um das mais antigas formas de impressão,? ressalta. ?Na verdade, também é um resgate histórico, pois esse processo iniciou-se no Brasil, na literatura de cordel?, conta.
?Além de incentivar os alunos, o Fera apresenta ferramentas aos professores que auxiliam no dia a dia em sala da aula?, reconhece Torres. ?A partir da Xilogravura o professor pode utilizar a técnica em um trabalho interdisciplinar junto com a literatura?, exemplifica.
De acordo com Deise Silva Oliveira, professora de Educação Artística, em Goioerê, oficinas para professores são de extrema importância, pois podem ser encaradas como uma espécie de capacitação. ?Muitos professores não praticaram a xilogravura na faculdade?, lembra. ?Essa técnica tem muitas formas de ser empregada em sala de aula. Só temos que substituir os materiais como a madeira pelo isopor?.
Já a professora de Matemática Keila Suzana dos Santos Rebeca, de Umuarama, que estudou e hoje leciona na mesma escola em que está ocorrendo o Fera, caracteriza o Festival como algo de grande relevância tanto para alunos quanto para professores. ?Mesmo trabalhando com matemática, acho que poderei acrescentar as técnicas da xilogravura. As aulas práticas deixam o conteúdo mais atrativo?.