Policial Militar lança livro de contos de terror e suspense em Curitiba

Depois de lançar nacionalmente seu livro, ?Manuscritos de Sangue?, na XIX Bienal Internacional do Livro, o capitão da Polícia Militar do Paraná, Waldick Garret, 32 anos, faz o lançamento oficial em Curitiba, nesta sexta-feira (05), a partir das 19h, na Livrarias Curitiba Mega Store, no Shopping Estação.

Alunos que participam do Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera) apresentarão uma peça de teatro baseada no enredo dos contos. Além da peça, um telão mostrará ícones do livro em terceira dimensão, produzido pelo desenhista, escultor e artista de novas mídias, Jack Holmer, o mesmo que ilustrou o livro. Alguns convidados ilustres estarão presentes como o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nemésio Xavier, o deputado Rafael Greca e o secretário Especial da Corregedoria e Ouvidoria Geral, Luiz Carlos Delazari.

O livro é o mais novo integrante da Coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira, da Editora Novo Século. Todas as treze histórias levam o leitor a passear por linhas que misturam mistério, sobrenatural, suspense e horror. ?Não sou supersticioso. O número treze aconteceu sem querer, mas podemos usá-lo para acrescentar mais mistério às situações horripilantes, que fogem do controle da lógica e do explicável?, brincou Garret.

Além de se apoiar no mistério, outro ingrediente da fórmula de Garret são os desfechos surpreendentes. ?Quero que o leitor sinta variadas emoções durante sua viagem pelo sobrenatural e, no final, quero deixá-lo atônito?, explicou.

Apesar de negar que a profissão de policial não o influencia ?tanto assim? no momento de criar suas histórias fantásticas, o livro de Garret é recheado de situações que ele vislumbrou durante a noite, enquanto viajava de carro pelas estradas paranaenses, como ajudante de ordens do secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. ?Um dia ia para Guarapuava à noite e vi um vulto, parecia uma mulher com cabelos longos. Olhei para trás e não vi nada. Meus companheiros de viagem também não viram nada. Virou conto?, disse.

O suspense e o mistério são temas que Garrett foi buscar na Inglaterra, nas obras do escritor bretão Algernon Blackwood (1869-1951), considerado por muitos como o mestre do gênero do terror, a quem o escritor dedica o primeiro conto de seu livro, ?O Canto Esquerdo?. ?Ele é meu ídolo e minha grande influência. Li muito suas obras e continuo lendo?, afirmou.

?Manuscritos de Sangue? é o primeiro livro de contos escrito por Garrett. O Policial Militar já foi co-autor da obra Prática em Processos e Procedimentos Administrativos-Sindicância e Inquérito Policial Militar, Editora Juruá, em 2003. Garrett já ganhou o Prêmio São Jorge de Literatura e conseguiu uma honrosa 4° colocação no XV Concurso Literário Internacional de Verão/SP, o qual contou com mais de 2.100 trabalhos envolvendo 13 países, além de conseguir o 6o. lugar no II Prêmio Literário Internacional A Gazeta/RS. O livro estará em 1.500 pontos de venda do Brasil.

Garret lançou o livro, em março, durante a XIX Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. O lançamento nacional de ?Manuscritos de Sangue ? 13 contos de suspense, mistério e horror? aconteceu no estande da Editora Novo Século, conhecida por apresentar bons autores de terror e suspense ao público e que, agora, aposta no sucesso da fórmula adotada pelo escritor paranaense.

?Publicar um livro era um grande sonho da minha vida. Chegou num momento fantástico com o suporte de uma grande editora,? disse o policial-escritor que terá sua primeira edição vendida em 1.500 pontos espalhados por todo o país.

O início literário

Na 8.ª série do ensino fundamental, em 1987, Garrett escreveu seu primeiro conto. Com o texto pronto, o então aluno do Colégio Estadual Doracy Cezarino, se inscreveu e venceu o concurso de contos entre todos os colégios estaduais do Paraná, realizado pelo Governo do Estado. ?Nunca imaginei que pudesse vencer naquela época. Mas logo abandonei os textos e só voltei a escrever em 2001, já na faculdade de direito?, contou.

O gosto pela leitura fez com que Garrett ingressasse no universo literário e partisse para escrever suas próprias obras. ?Sempre li muito. Chegou uma hora que achei que pudesse criar minhas próprias histórias?, disse.

Policial

Waldick Garret está na Polícia Militar do Paraná há 15 anos e é conhecido por ser um bom atirador e não fugir aos confrontos com bandidos quando necessário. Ele garante que dentro da corporação sua profissão de escritor é bem vista e não sofre com preconceitos. ?Os policiais militares do Paraná são, em sua maioria, bem preparados, têm curso superior e extravasam a tensão do dia-a-dia em várias atividades. Alguns são campeões em esportes, eu escrevo, gosto de ler e neste ano farei um curso de somelier reconhecido nacionalmente. Não vejo problemas com isso e acho que para a profissão de policial todo o conhecimento e sensibilidade são bem recebidos e utilizados?, disse. No final do ano passado, com 32 anos, Garret se tornou o capitão mais jovem da história da Polícia Militar do Paraná.

?É um escritor jovem, mas com muito talento. Prova disso são os inúmeros prêmios que já conquistou, inclusive internacionais?, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

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