Ao concluir recentemente seu curso de pós-graduação em Análise Ambiental na Universidade Federal do Paraná, Mery Lúcia Salgado da Fontoura pesquisou como 69 alunos de quintas séries de uma escola em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, percebem o Parque Bacacheri no contexto ambiental. ?Depois de vivenciarmos aulas teóricas sobre meio ambiente, entendemos que deveríamos visitar o Parque Bacacheri, em Curitiba?, disse a professora.
Após aplicação de um questionário, como instrumento para o levantamento dos dados, a análise de Fontoura revela o perfil dos entrevistados: 98,55% dos alunos mostram-se em geral preocupados com o meio ambiente e não jogam lixo nos rios; 89,85% afirmam que o desmatamento é um dos principais problemas ambientais, e 34,78% dizem que a sociedade é prejudicial ao meio ambiente. A professora observa ?a necessidade de se trabalhar conteúdos que enfoquem ações para evitar a degradação ambiental de um rio ou parque?.
No que se refere ao Parque Bacacheri, especificamente, 86,95% dos alunos disseram conhecê-lo; 26,28% o visitaram com o pai; 20,28% com a mãe, 37,68% o conheceram a partir da escola. Para 26,08% dos alunos, a água do parque tem ótima qualidade. A professora observa que tanto a família quanto a escola desempenham um papel importante na interação criança-natureza. Mas especialmente a escola deve desenvolver nas aulas a temática da água.
Fontoura considera que ?os alunos mostram não terem uma clara consciência dos problemas ambientais que dizem respeito ao Parque Bacacheri; que embora existam aulas teóricas sobre a Educação Ambiental, as aulas práticas se restringem aos locais mais próximos da escola e que alguns alunos ficam confusos na hora de discernir entre água limpa e água poluída porque têm poucas aulas práticas?.
Zélia Maria Bonamigo é jornalista, mestre em antropologia pela UFPR, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
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