Perseguição

d79.jpgEu os vi na Praça Santos Andrade. Não lembro, ou apenas não sei se eram dois ou três. Aqueles homens me levaram para uma casa, onde se aglomeravam muitas personagens do Dalton Trevisan… Estavam todas enlouquecidas e eu queria fugir daquele lugar e daquelas mulheres loucas. Pulei uma janela, corri pra rua, mas uma delas ( a mais louca) me agarrou e levo u de volta. Consegui arrombar uma porta e tentei fugir de novo… Novamente fui agarrada e levada para outra casa… mas, por sorte, uma parede (de madeira) estava quebrada. Fugi por uma fresta e corri pela estrada, sempre perseguida por aquele bando de mulheres loucas!

Consegui varar uma cerca, mais adiante vi um posto de gasolina, corri pedindo socorro ainda perseguida pelas loucas desvairadas e eu, sempre pedindo socorro. Acordei transpirando e muito cansada!

Creio que este pesadelo foi em conseqüência dos muitos doces que comi, oferecidos no coquetel, depois da apresentação do documentário da Thaís Aguiar, A linha, onde aparece o depoimento das pessoas que vivem as margens das ferrovias, onde os trens não passam mais.

Cheguei em casa tarde e cansada. Antes de apagar a luz para dormir, li quase todo o livro A gorda do Tiki bar. Daí toda esta confusão no meu sonho!

O Dalton, como sempre, um mestre. A leitura flui leve, apesar do tema muito pesado. Enquanto leio vejo todo o cenário, os personagens. Vai ver por isso sonhei com tanta clareza.

Margarita Wassserman – escritora e membro do Instituto H. e G. do Paraná.

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