Paula Schimidlin abre exposição no Espaço Cultural BRDE

A artista plástica Paula Schimidlin estará expondo suas obras, desenhos a nanquim e pinturas a óleo, no Espaço Cultural BRDE. As peças, criadas exclusivamente para a exposição, permanecem no Palacete dos Leões a partir desta quinta-feira (6) e ficam até o dia 3 de maio. O tema proposto é a cidade de Curitiba, desde sua colonização à modernidade. Os visitantes poderão apreciar quadros de diversos pontos da cidade sob o olhar sensível da artista.

A idéia de Paula foi ilustrar situações históricas e lugares típicos porque, quando começou uma pesquisa, percebeu que não havia muito material de outros artistas referente ao assunto. Percebeu, então, uma necessidade de deixar registrada à população, por meio de desenhos e pinturas, a rica história da capital, uma vez que não foi explorada a fundo nesse meio.

Paula iniciou no meio artístico quando tinha apenas 12 anos ao participar do Primeiro Atelier de Xilogravura do Estado do Paraná, ministrado por Nilo Previdi. Decidiu ser autoditada propositalmente, pois acredita que através desta forma de aprendizado tem mais liberdade de criação e estilo próprio. ?Preferi não me basear em um único artista porque geralmente quando isso acontece as obras sofrem influência de outras tendências e pensamentos, optei em ser livre e ter minha maneira de me expressar?, conta dizendo que, mesmo assim, alguns críticos enquadram sua arte no Novo Expressionismo.

A artista revela que adora pesquisar cores, pois acredita que esse é um elemento que interfere na obra de forma muito interessante, causando efeitos pictóricos variados. Paula gosta de ilustrar figuras humanas. ?Assim consigo transparecer sentimentos através de composições?. Quem observar suas obras pode perceber que, por mais que use a deformação em faces, Paula transmite cada sensação de seus personagens, inclusive noções de movimento. Como ela mesma diz ?o interessante é sugerir?.

Sua maneira de trabalhar também é irreverente. Ela conta que para as pinturas utiliza uma faca de prata, um presente de infância, ao invés de espátula; bem como a pena e nanquim para os desenhos todos marcados por um traço forte. ?Não me prendo a certas normas, gosto de demonstrar sentimentos. Não costumo retocar minhas obras, acredito que o primeiro traço deve permanecer, é ele que marca?, comenta.

Segundo a artista, seu segredo é ser observadora e usar a inspiração. ?Pinto com a memória, presto atenção quando alguém fala, pensa se expressa, para pegar um ponto característico e depois aplicá-lo?.

Serviço
Espaço Cultural BRDE
Palacete dos Leões
Av. João Gualberto, 530
Curitiba – Paraná

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