Obras de missão francesa do século XIX são expostas no MON

O Museu Oscar Niemeyer mostra, a partir de 19 de abril, o legado deixado por artistas plásticos integrantes da Missão Artística Francesa, que veio ao Brasil a convite da corte portuguesa, após a transferência da sede da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro. Dividida em três módulos, a exposição apresenta 76 obras, entre pinturas, esculturas, relevos, desenhos e gravuras. São paisagens, cenas urbanas, desenhos de arquitetura e composições que testemunham os eventos históricos e as personalidades do início do século XIX.

As obras fazem parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), que guarda o espólio francês, composto por mais de 300 trabalhos. Chefiados pelo intelectual Joaquim Lebreton (1760-1819), faziam parte da missão os pintores Jean Baptiste Debret (1768-1848) e Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), o gravador Charles Simon Pradier (1786-1848), os escultores Auguste Marie Taunay (1768-1824), os irmãos Marc (1788-1850) e Zepherin Ferrez (1797-1851) e o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850).

O acervo construído pelos franceses inclui obras que Lebreton trouxe da Europa para servir como modelos, no ensino da arte, e que foram vendidas ao governo imperial, posteriormente.

Um dos núcleos da exposição é dedicado aos personagens que tornaram possível a vinda desses artistas para o Brasil. Neste segmento são exibidas obras em que são retratadas personalidades da época como D.João VI e o Conde da Barca. O segundo reúne trabalhos dos artistas da Missão, onde são apresentadas as pinturas de Taunay e Debret, os desenhos de arquitetura de Montigny, as gravuras de Pradier e os relevos e esculturas dos irmãos Marc e Zepherin Ferrez.

O último módulo é constituído por obras de artistas que fizeram parte da primeira geração de alunos da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), estruturada pelos integrantes da Missão. Entre esses alunos estavam os pintores Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879) e August Muller (1815- 1883), o escultor Francisco Manuel Chaves Pinheiro (1822-1884) e o arquiteto José Rodrigues Moreira (1828-1898), além de outros.

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