O Tempo e O Vento estreia no próximo dia 27 em todo o país

Quem sente falta de Marjorie Estiano nas novelas vai ter que esperar um pouco. Por enquanto, o negócio da atriz curitibana é cinema. Ela está no filme O Tempo e O Vento, dirigido por Jayme Monjardim, que estreia nos cinemas de todo o país no próximo dia 27. E depois vai estrelar uma co-produção entre Brasil e Portugal dirigida por Alberto Graça, que deve se chamar Entre a Dor e o Nada.

Mas não é só. Depois de encerrar o período na telona, Marjorie vai se dedicar a outra de suas paixões: a música. Ela vai encerrar a turnê do Banco do Brasil Covers – projeto em que músicos brasileiros homenageiam grandes ídolos – e gravar seu novo CD. A atriz adianta que 70% das músicas serão de sua autoria e diz que será um “divisor de águas” em sua carreira. “Tirei esse tempo meio que obrigatório para os filmes e foi válido para eu me estruturar, me conhecer melhor, desenvolver parcerias”, contou ela, durante a entrevista coletiva que apresentou O Tempo e O Vento, em Curitiba.

Parceria

Por enquanto, dá para acompanhar o trabalho de Marjorie como Bibiana, em sua fase jovem, que depois é de Fernanda Montenegro. Ela garantiu que compartilhar a personagem com Fernanda não foi problema. “A Fernanda é uma grande atriz, talvez uma das maiores que a gente tem, e com o repertório dela. Eu venho caminhando e tenho a expectativa do resultado que eu posso dar dentro do meu repertório, dentro do que eu já conquistei. Isso me dá muita tranquilidade e a certeza que estou aproveitando essa personagem, para quem sabe até um dia poder vir a ser uma Fernanda”, afirmou Marjorie.

O diretor Jayme Monjardim (acima) revela que escolheu Marjorie para não ter “competitividade” com Fernanda. “Uma outra atriz, talvez, não estaria preparada. Ela não estava querendo competir, ela estava abraçando a Bibiana naquela fase jovem”, destacou.

A escolha de Fernanda Montenegro foi a base da construção do roteiro do filme inspirado na obra literária de Érico Veríssimo. A escolha de Marjorie veio em seguida. “Porque ela tinha uma pureza, uma simplicidade. A Marjorie tem um olhar, um sentimento, ela estuda muito. Ela jamais comprometeria o trabalho da Fernanda”, disse.

Para a atriz curitibana, o maior desafio do longa-metragem foi o fato de as cenas serem fragmentadas. O filme narra a história da rivalidade entre as famílias Terra Cambará e Amaral durante 150 anos. O par romântico de Marjorie é o ator Thiago Lacerda. “Conta a história de muitas gerações e, para isso, a história fica fragmentada, são pinturas de cada momento. São momentos importantes em que ela se apaixona, casa, tem filhos. O mais difícil era estar absolutamente presente em cada fragmento”, avaliou.