O Paraná na Bienal de Música

O músico e compositor paranaense Rogério Grieger representará o Paraná na XVII Bienal de Música, que começa hoje, no Rio de Janeiro. A sua obra, Abertura sinfônica, foi escolhida entre 280 músicas inscritas e será executada na abertura do evento pela Orquestra Sinfônica Nacional.

?A participação na Bienal é muito importante para a minha carreira nacional e internacional?, avalia Rogério, que já tem uma vasta experiência em seu currículo. Em 30 anos de carreira ele já compôs mais de 250 obras, incluindo música de câmara, sinfonias, peças para cordas, sopros, poemas sinfônicos e trilhas sonoras para filmes como As aves, do cineasta Décio Gava, que recebeu menção honrosa em Liverpool, em 1996. Ele também compôs obras para curta-metragem. Abertura sinfônica foi escrita em 2003 especialmente para a Orquestra Sinfônica do Paraná, da qual ele é um dos fundadores. ?Essa música foi escolhida para concorrer na Bienal porque tem grande importância no repertório da orquestra?, falou.

Apesar de já ter tantas obras, Rogério não pára. Um de seus mais recentes trabalhos é a ópera O Alquimista, baseada na obra de Paulo Coelho, com estréia prevista para o fim de 2008. ?A ópera é a obra mais completa. Tem tudo, música, canto, cenário e efeitos especiais?, comentou.

O artista explica que compor uma ópera dá muito trabalho e exige tempo. Algumas peças demoram até seis meses para serem finalizadas. Tudo começa com uma inspiração que pode ser algo abstrato, uma emoção, paisagem ou livro. Neste processo, é preciso se valer tanto da parte cerebral que envolve o raciocínio, como também o da intuição e do emocional. ?A música é matemática e emoção?, define .

Rogério é o paranaense que teve mais obras tocadas em estréias mundiais. Já teve trabalhos divulgados em vários países como Inglaterra, França, Espanha, Portugal e Angola. Entre as obras mais executadas destacam-se Abertura sinfônica, Sinfonia triunfal, Poema sinfônico, LIF, Alegro maestoso e Cantigas brasileiras.

Bienal

A Bienal da Música foi criada em 1975 para recuperar a idéia dos extintos festivais de Música da Guanabara, realizados entre os anos de 1969 e 1970. É uma das mais importantes atividades do Centro de música da Fundação Nacional de Artes e nunca foi interrompido.

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