O paralelo do paralelo em Curitiba

Os tentáculos do rapper carioca Marcelo D2 parecem não ter fim: depois de pôr o seu bem-sucedido Planet Hemp para hibernar e lançar um segundo disco solo que está sendo considerado pela crítica um dos melhores do ano – À Procura da Batida Perfeita, que rendeu três prêmios no Video Music Brasil 2003 da MTV -, D2 decidiu convidar o DJ da sua banda de apoio, o curitibano Alexandre Muzzillo Lopes, o DJ Primo, para um segundo trabalho paralelo.

A dupla se entrosou, e começou a se apresentar onde era convidada. Quando se deram conta, os dois estavam com a agenda cheia, no meio de uma turnê nacional. É este o show que os curitibanos vão ver hoje, às 23h, no Era Só o Que Faltava.

Primo volta à terra natal pouco mais de um ano depois de ter se mudado para São Paulo em busca de um lugar ao sol. Nesse meio-tempo, já entrou na lista dos melhores DJs do País, tendo tocado com artistas como o pernambucano Otto, Max BO, Comunidade Racional, Blackout, Maskote, Ascendência Mista, Quinto Andar, Marechal e Mamelo Sound System, além de haver também participado das trilhas dos filmes O Invasor, de Beto Brant, e A Taça do Mundo é Nossa, do Casseta & Planeta.

Ele diz que a cena hip-hop em Curitiba já está bem mais organizada do que quando saiu da cidade. Prova disso é que o show com Marcelo D2 foi marcado para uma quarta. “Antes, só havia festa hip-hop no sábado”, explica.

Mídia

Já D2 credita a excelente fase à maneira constante e positiva com que seu nome e sua figura vêm aparecendo na mídia ultimamente. Ele manteve intactas as características “polêmicas” de seu discurso e de sua música, mas não se pode deixar de perceber que alguns de seus temas mais espinhosos como a liberação da maconha já não são retomados tão freqüentemente. Assim, o rap de D2 pôde ser consumido com maior facilidade pelo mercadão pop mais conservador.

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Os primeiros 300 ingressos a 20 reais. Para os seguintes, preço a confirmar. O Era Só o Que Faltava fica na Av. República Argentina, 1334.

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