O mundo é um moinho

A peça O Mundo é um Moinho, que estréia em Curitiba no próximo final de semana, aborda dilemas e contradições que vivem aqueles que ainda sonham com uma arte idealista em nosso país, assim como a busca da essência que faz do teatro um caminho único para o auto-conhecimento.

A trama é sobre Rubens, um velho autor afastado dos palcos há mais de quinze anos, e à beira da miséria, vive isolado num pequeno apartamento no centro velho de uma grande cidade. O secretário de Cultura – ex-companheiro de luta política de Rubens -sabedor de suas dificuldades financeiras, decide ajudá-lo, e com o pretexto de pesquisa, envia à sua casa o jovem ator Luís, para que este arquive o enorme material esparso sobre a obra do autor.

Depois de um início conflituoso, nasce uma relação de amizade entre o escritor e o jovem. Luís então consegue atrair seu pequeno grupo de teatro, formado por Vera – uma batalhadora atriz, disposta a comandar a própria vida; Lilinha – atriz filiada ao Daime, e Rodolfo – ator de novelas, com filhos de dois casamentos pra criar.

Diretor

Fauzi Arap nasceu em 1938. É formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP-SP, mas autor e diretor em atividade desde 1961, entre outros, dos grupos Oficina e Arena.

Como ator foi dirigido por importantes diretores, como Augusto Boal, Zé Celso e Antônio Abujamra, em peças de autores como Gorki, Pinter, Bráulio Pedroso, Boal, Max Frisch, Benedito Ruy Barbosa, entre outros. Em 1967 estréia como diretor profissional em Navalha na Carne, de Plínio Marcos, na versão carioca produzida por Tônia Carrero. Seus prêmios incluem dois Moliere como autor (77e 88), mais inúmeros prêmios Shell, Mambembe, Apetesp e APCA como diretor e autor.

Serviço:
Dia 11, sábado às 21h e dia12, domingo às 19h. No Guairinha. Maiores informações 315-0979.

O texto, a iluminação e a direção são de Fauzi Arap. No elenco, Cláudio Cavalcanti, Caio Blat, Maria Ribeiro, Christiana Kalache e Paulo Giardini.

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