Morre a atriz Anne Bancroft, aos 73 anos

Nova York – Anne Bancroft, que venceu o Oscar de melhor atriz em 1962 pelo papel de uma professora em O milagre de Anne Sullivan, mas que atingiu fama ainda maior como a sedutora do namorado da filha em A primeira noite de um homem, de 1967, morreu de câncer aos 73 anos, anunciou ontem John Barlow, um porta-voz da atriz.

A atriz, filha de imigrantes italianos, nasceu em 17 de setembro de 1931, no bairro nova-iorquino do Bronx, com o nome de Ana Maria Italiana, morreu nesta segunda, no Hospital Monte Sinai de Nova York. Em A primeira noite de um homem, de Mike Nichols, Anne atuou ao lado de Dustin Hoffman, no papel de Benjamin Braddock, o jovem recém-formado que namora sua filha e se torna seu amante. Em O milagre de Anne Sullivan, Anne interpretou uma professora que lutava para ajudar uma garota surda, muda e cega a se adaptar às coisas ao seu redor. Atuou ainda em O homem, elefante, de David Linch, em 1982, Nunca te vi, sempre te amei, de David Jones, em 1984. Foi dirigida por Sidney Pollack, em Uma vida em suspense (1965), Franco Zefirelli em Jesus de Nazaré (1976), em Até o limite da honra (1997), de Ridley Scott, entre muitos outros.

Anne Bancroft casou-se com o comediante, diretor e produtor Mel Brooks em 1964. Ela já havia sido casada antes, com o agente imobiliário Martin May. O começo de sua carreira em Hollywood foi inexpressivo. Depois atuou na televisão com o nome de Anne Marno, mas a partir de 1952 por influência dos estúdios da Twentieth Century-Fox, mudou novamente seu nome para Anne Bancroft. Depois de participar de uma série de filmes B, ela trocou as telas pela Broadway em 1958 e conquistou seu primeiro prêmio Tony com a peça Dois na gangorra, ao lado de Henry Fonda, em 1958. Ao longo de sua carreira ela foi indicada ao Oscar quatro vezes. Crescei e multiplicai-vos, de Jack Claiton (1964), A primeira noite de um homem, de Mike Nichols (1967), momento de Decisão, de Herbert Ross (1977) e Agnes de Deus, de Norman Jewison (1985).

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