O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre nesta quarta-feira (19), às 19 horas, a exposição ?Helena Wong ? A trajetória de uma paixão?, dentro da série Artistas Paranaenses. Com curadoria do artista plástico e crítico de arte paranaense, Fernando Velloso, a mostra, composta por 100 obras, apresenta uma visão temática retrospectiva das fases artísticas mais importantes da carreira da artista.
Helena Wong (1938-1990) teve sua produção marcada pela obstinação que tinha pela vida e a paixão pela arte. Portadora de uma grave doença, desde os cinco anos de idade, o trabalho da artista tornou-se a fusão e a síntese de uma luta quase que diária pela sobrevivência. A doença que, por diversos períodos, impediu ou limitou sua arte, está profundamente ligada ao conjunto de sua obra. Em certas fases, até definiu sua trajetória, cores e traços, resultando em uma vasta e rica produção que se espalhou pelo País e até pelo exterior.
A presidente do MON, Maristela Requião, tem especial apreço pela obra da artista, por ter convivido com a família dela e com a própria Helena Wong na época da Galeria Cocaco, a primeira de Curitiba. ?Ela era uma pessoa leve, que se dava bem com a vida. Tinha uma grande alegria de viver, mas no fundo, se observarmos bem sua obra, há traços de dor. Porém, o talento era maravilhoso e maior, sem nunca ter se deixado influenciar por um determinado artista. Fez uma arte própria.?
A maior parte das obras expostas é de propriedade da irmã, Shou Wen Alegretti. Algumas pertencem ao acervo da instituição e outra parte foi coletada entre colecionadores particulares, a Fundação Cultural de Curitiba e o Solar do Barão. De acordo com Velloso, entre as obras há desde as primeiras pinturas, onde aparecem a caligrafia e a típica pintura chinesas, os abstratos, os desenhos, até os quadros mais dramáticos de cores vivas e chocantes, que marcam a maturidade artística atingida pela artista.