‘Meu Passado Me Condena’ estreia nos cinemas

Tire o cão e projete o casal num cruzeiro que atravessa o Atlântico – existem curiosos pontos comuns entre “Mato sem Cachorro”, o longa de Pedro Amorim com Bruno Gagliasso, que neste final de semana atinge a marca de 1 milhão de espectadores, e “Meu Passado Me Condena”, de Júlia Rezende, com Fábio Porchat e Miá Mello. O filme estreia nesta sexta-feira, 25, em salas de todo o Brasil. Em São Paulo, capital, é possível que trombe com a Mostra, mesmo que o público potencial da comédia não seja exatamente formado por cinéfilos.

No limite, “Mato sem Cachorro” e “Meu Passado Me Condena” são filmes sobre casais, e sobre a amizade masculina. O segundo é realizado por uma mulher – a filha do diretor Sérgio Rezende com a produtora Mariza Leão -, e não é o menos curioso dos atrativos de “Meu Passado” esse olhar feminino lançado sobre o universo dos homens. O mistério do filme é seu título. “Meu Passado Me Condena” cabe melhor num drama social, e como tal foi usado pela Rank ao lançar no Brasil Victim, de Basil Dearden, com Dirk Bogarde. O longa inglês de 1963 fez história ao narrar o caso de homem chantageado por seu passado homossexual. Na Inglaterra, a reação emocional da plateia levou a um debate que culminou com a revogação de leis antigays que remontavam à época da Rainha Vitória.

Qual é o passado que condena os personagens interpretados por Porchat e Miá? Na série fundadora do Multishow como no filme, a dupla se casa depois de apenas um mês de convivência. Agora juntos, passam a conhecer o passado um do outro, e surgem as revelações. No filme, Fábio e Miá embarcam num cruzeiro rumo à Itália e, a bordo, encontram o ex dela, Beto, casado com a mulher (Laura) que foi o objeto de desejo de Fábio na escola. O casal de trambiqueiros Marcelo Valle e Inez Vianna também está no navio, com o amigo do herói, Rafael Queiroga.

O filme começou a nascer há exatamente um ano, quando Porchat e Miá gravavam a primeira temporada em Itaipava, no Rio. Na trama, como recém casados, eles iam para uma pousada. Mariza Leão produzia e a filha Julia já era a diretora. Entusiasmada com o material e o entrosamento da equipe, a produtora lançou o desafio – e se a gente fizesse um longa? Não é muito frequente esse tipo de eficiência, digamos, industrial, no cinema do País, mas um ano depois “Meu Passado Me Condena – O Filme” chega às telas.

Porchat destaca o que, para ele, é mais importante. “O filme aprofunda mais os personagens. O Fábio, por exemplo, ganhou uma profissão e agora a gente sabe que ele é um empresário do ramo do entretenimento infantil, possuindo um buffet com a família. Isso, inclusive, motiva comentários de Laura sobre o tipo de homem em que ele se transformou, preservando a inocência.” Não foi fácil filmar em alto-mar. Foram 20 dias de gravações, com uma equipe de 35 pessoas infiltrada entre os 5 mil passageiros e tripulantes do cruzeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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