Marcos Valle retoma com show no Sesc

Sem nenhum investimento pessoal ou de qualquer gravadora, o compositor carioca Marcos Valle, que completou 61 anos no dia 14, engrenou uma bem-vinda e rendosa retomada da carreira discográfica na década passada. Como se sabe, os DJs europeus, especialmente os britânicos, foram os responsáveis pela propagação de sua música – primeiro tocando os originais dos anos 60, depois produzindo remixes – pelos clubes de acid jazz.

Um desses experts, Roc Hunter, tornou-se parceiro de Valle na produção dos álbuns Nova Bossa Nova (1998), Escape (2001) e Contrasts (2003), que acaba de sair no Brasil com distribuição da Trama. Todos lançados pelo selo Far Out Records, formam uma espécie de trilogia que, com emprego de programações eletrônicas, sinaliza a adequação a um formato contemporâneo de um cancioneiro que sempre foi moderno. Valle, cria da segunda geração da bossa nova, continua fazendo bem o que sempre caracterizou seu estilo suingado: uma mescla de samba, jazz, baião e soul, entre outros ritmos de origem negra. Três faixas incluídas em Contrasts, também nas versões remixadas, já eram tocadas nos clubes europeus antes do lançamento do disco.

“Em Nova Bossa Nova usei batidas eletrônicas em algumas faixas. Em Escape avancei um pouco mais. Agora decidi fazer isso no disco inteiro”, esclarece Valle, que faz shows de lançamento do CD sábado e domingo no Sesc Pompéia. “Roc Hunter, que a princípio seria só o meu técnico de som, inventou batidas a partir do que conhece de minha música. Como também é bom de ouvido, ele sempre dá palpites nos arranjos e tem uma levada muito boa”, elogia.

O show é hoje, às 21h, no Sesc da esquina, em Curitiba, Rua Visconde do Rio Branco, 969. Tel. 322-6500

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