Marcelo Tas comemora 21 anos de trabalhos bem-sucedidos

Marcelo Tas comemora este ano sua “maioridade” na tevê. Atualmente no comando do programa Vitrine, na TV Cultura, o apresentador, ator e roteirista iniciou uma trajetória repleta de trabalhos bem-sucedidos há 21 anos. Logo no início da carreira, fez barulho na pele do memorável repórter Ernesto Varela, uma versão com cérebro do que é hoje o repórter Vesgo, do programa Pânico na TV, exibido pela Rede TV!. O personagem que pisava no calo dos entrevistados passou pela TV Gazeta, Record, SBT e MTV e até hoje permanece “vivo”.

Marcelo está preparando um DVD com os melhores momentos de Ernesto Varela e uma peça de teatro intitulada A História do Brasil Segundo Ernesto Varela. Também não descarta a idéia de trazê-lo de volta para a tevê a qualquer momento. “O Varela é uma marca na minha carreira, quase uma matriz de onde saíram influências para outras coisas que fiz na tevê”, analisa.

Apesar de já ter feito de tudo um pouco na tevê – foi um dos criadores do Programa Legal, apresentado por Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães na Globo, por exemplo -, Marcelo é mais reconhecido pelos tipos performáticos que incorporou. Além de Ernesto Varela, viveu o professor Tibúrcio no infantil Rá-Tim-Bum e Telekid no Castelo Rá-Tim-Bum, ambos da TV Cultura. Este último, conhecido como o garoto que sabe responder a qualquer pergunta, está no ar nas reprises do programa. “Tenho os meus dias de Xuxa por conta desses personagens infantis. Meninas de 20 anos gritam ‘Professor Tibúrcio!’ quando me vêem e até na Amazônia um molequinho me reconheceu porque assiste ao Castelo pela parabólica”, valoriza Marcelo, que tem no currículo outros tipos, como o Professor Planeta, um crítico de futebol que criou para o canal por assinatura ESPN Brasil.

Alter egos eletrônicos

Até quando foi apresentador do Vídeo Show, nos anos de 1986 e 1987, Marcelo cumpriu a função através de um personagem. Cabeça Branca recebia o espírito de diversos apresentadores de tevê. “Até hoje muita gente me pára na rua por causa dele. Essa experiência no Vídeo Show foi muito bacana”, conta Marcelo, que apresentou o programa pouco antes do início do “reinado” de Miguel Falabella.

Foi justamente a vontade de criar personagens eletrônicos, ou alter egos eletrônicos, como define, que levou Marcelo à tevê.

Antes de montar a produtora independente Olhar Eletrônico com um grupo de amigos, entre eles o cineasta Fernando Meirelles, que dirigiu o premiado longa Cidade de Deus, Marcelo cursava engenharia. “Larguei a faculdade no último ano, para desespero da minha família. Com a produtora, percebi: é isso que quero fazer quando crescer”, conta ele, que já demonstrava aptidões artísticas – integrou o grupo de teatro Macunaíma, do diretor Antunes Filho, e fez aulas de dança antes de montar a produtora.

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