Luiz Caldas volta à cena com CD e DVD

d145.jpgApós um longo tempo longe dos holofotes, o compositor Luiz Caldas volta à cena. Nesta nova fase, o autor se depara com um público novo. Novo mesmo, de idade. Ou você acha que um menino de 15 anos não sabe cantar Fricote? O autor, que também não imaginava, se surpreende e se delicia. Em entrevista ao Globo Online, ele fala da pausa e da retomada, que inclui um novo CD e DVD.

Salvador – ?Estou me sentindo Kelly Key, novinha. É um processo lento, mas super legal, que vem acontecendo nos ensaios que eu estou fazendo, nos shows. E a garotada está indo. É como se os pais tivessem dizendo: ?Pô, vai curtir o som do cara, é interessante?. De repente, eles estão aparecendo e graças a Deus estou tendo um retorno muito legal. Tô muito feliz com isso.?

Para os fãs que estavam com saudade, Caldas explica o motivo da ausência e não poupa críticas à indústria musical brasileira.

– Tudo tem um tempo legal. Nesse momento em que eu estava, as gravadoras tinham outra postura em relação à carreira dos artistas. E eu não aceitava algumas coisas porque sempre cantei pro meu coração, não pra encher meu bolso de grana. Meu problema nunca foi esse. Não que eu seja rico, mas rico de idéias e graças a Deus de saúde.?

E por onde andou Luiz Caldas esse tempo todo? Longe da mídia, sim, mas da música, jamais. Durante as ?férias??, ele conta que partiu para outros gêneros musicais e palcos menores.

?Ter ficado fora foi mais por não ter tido espaço pra continuar criando como eu queria criar. Então eu fui tocar piano, violão, clássicos, chorinhos, que eu adoro. Fiz show com Armandinho, Hermeto Pascoal. Eu nunca parei de tocar. Eu gosto de música e vivo disso.

E é nesse contexto que surgem os novos projetos. Ele conta que o novo CD, com faixas inéditas, chegou às lojas essa semana. Já o DVD, que inclui a participação de Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Durval e Armandinho, deve sair antes do carnaval. E o nome do CD?

?Acho que só Luiz Caldas mesmo. Porque não teria como ter um nome. Rambo, o retorno, talvez,? brinca.

Cheio de gás, o cantor e compositor abriu, esta semana, o Festival de Verão Salvador. No show, um repertório bem abrangente, com direito a Dire Straits e solo de guitarra do Pink Floyd. Dos seus hits, além de Fricote, claro, Haja amor e Tieta levaram a galera ao delírio.

?Foi muito doido. Só faltou uma valsa, mas tudo bem, no próximo eu toco. Estou mais do que satisfeito em ter esse espaço para mostrar novamente a minha música. Posso colaborar muito para o axé music e a música brasileira.?

 A repórter viajou a convite da organização do Festival de Verão Salvador.

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