Livros revelam motivos de conflitos no Irã e Iraque

A história dos atentados terroristas do 11 de setembro não teve início com a derrubada das torres gêmeas em Nova York há quase três anos. Dois livros lançados agora revelam o envolvimento dos serviços secretos americano e inglês nos golpes políticos que ajudaram a instalar ditaduras no Irã e Iraque, responsáveis pela reação de muçulmanos que se deixaram seduzir pelos fundamentalistas islâmicos e abraçaram o terrorismo.

Stephen Kinzer, correspondente do jornal The New York Times, lançou seu livro, Todos os Homens do Xá. Nele, o autor conta como o golpe de agosto de 1953, no Irã, que derrubou o primeiro-ministro democraticamente eleito Mohamed Mossadegh, foi tramado pela CIA e pelo neto do presidente Roosevelt, Kermit, uma espécie de James Bond suburbano.

Outra história sórdida de golpe e espionagem é contada no livro autobiográfico A Espiã de Bagdá, da inglesa Corinne Souza. O livro conta a história do Iraque desde o assassinato do Rei Menino, em 1958, até a desintegração da inteligência britânica no final da década de 1970. A autora conta como a Grã-Bretanha, principal aliada dos Estados Unidos nos golpes do Irã e Iraque, foi incapaz de ajudar a CIA a impedir os atos terroristas.

Em ambos os livros, o motivo dos golpes – tanto no Irã como no Iraque – é um só: petróleo.

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