Lendas amazônicas recontadas pela Editora FTD

Em seu centenário, a FTD convoca Laerte (A Pororoca), Bartolomeu de Queiroz (A Matita Pereira), Fanny Abramovich (O Boto), Arthur Nestrovski (A Iara) e José Arthur Bogéa (O Curupira) para integrar a coleção Histórias do Rio Moju.

O objetivo da coleção é mostrar às crianças e jovens a mitologia da Amazônia com toda sua riqueza de personagens fantásticos e misteriosos que vivem na imaginação daquele povo. São os meninos encantados da pororoca, é o boto que sai do rio em forma de homem para namorar as moças, a sereia Iara que encanta marinheiros, índios e meninos e muito mais. Cada edição tem o toque pessoal, a sensibilidade e o estilo individual dos escritores e ilustradores dos cinco primeiros volumes.

Numa linguagem que lembra a dos contadores de história, em O Rei Salomão e o Seu Anel Mágico, o escritor romeno Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz de 1986, apresenta um famoso personagem bíblico às crianças. Ao voltar-se para a construção do Templo de Jerusalém e para outras histórias, como a justiça salomônica (o caso das duas mães disputando uma criança), surge um demônio que rouba o anel de Salomão: a desgraça se abateu sobre o rei que, da noite para o dia, se viu expulso do seu reino e perambulou anos e anos pelo mundo afora até reconquistar o anel mágico e, claro, todo seu reino. Wiesel, conhecedor profundo da tradição hebraica, professor da Universidade de Boston, transforma, com seu estilo simples e fluente, o jovem leitor num ouvinte, numa lembrança daqueles tempos em que toda tradição era transmitida oralmente.

Para o público infanto-juvenil, a Coleção Jabuti/Saraiva traz Anjos do Mar – O Tesouro da Ilha dos Golfinhos, de Luiz Roberto Guedes, que mistura humor e estilo poético numa história de ambiciosos versus generosos. O cenário é Fernando de Noronha e os personagens são cardumes de golfinhos, adolescentes e aventureiros.

Também para a criançada mais graúda, a Melhoramentos lança a série Os Meus Monstros. Os dois primeiros títulos são O Mistério do Trem Fantasma e Terror na Escola, protagonizados por João Pereira, um garoto de dez anos que entra sozinho no trem fantasma de um parque de diversões abandonado há anos. Lá, João encontra seus melhores amigos – os monstros – e daí em diante passa a viver aventuras entre gargalhadas e sobressaltos.

O autor, traduzido em 29 línguas, é Thomas Brezina, nascido em 1963 em Viena. Em 1979, foi trabalhar no Instituto Austríaco de Rádio e Televisão como artista de marionetes e depois como redator e diretor de programas infantis e juvenis. Desde então, não parou de criar e produzir livros, programas, jogos e shows para crianças e jovens.

Suas histórias de aventura com detetives já chegaram ao cinema e à televisão e também passaram pelo teatro em peças e espetáculos musicais, além dos programas radiofônicos e dos jogos interativos para CD-ROM.

Mas, para crianças a partir da 1.ª série, a Nova Fronteira oferece dois deliciosos títulos: Nó na Língua, de Ciça com ilustrações de Zélio Alves Pinto, e Currupaco, paco e tal, quero ir pra Portugal, de Sylvia Orthof e desenhos de Gê Orthof, filho da autora, falecida em 1997.

Ciça apresenta um quebra-cabeças em forma de livro. São pequenas poesias que expõem com muita criatividade uma faceta lúdica da linguagem e chamam a atenção dos pequenos leitores para a rítmica, a rima e os múltiplos usos das palavras.

E Sylvia conta a saga de Prequeté, um papagaio muito persistente, que vive na floresta brasileira e tem um grande desejo: conhecer Portugal. Essa divertida aventura volta agora às livrarias com um novo projeto gráfico e com novas ilustrações, marcando o início do relançamento das obras de uma das maiores autoras brasileiras de literatura infanto-juvenil.

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