Krieger traz Veneza para exposição

Sobre ruas feitas de canais, barcos e gôndolas que servem de atração para os turistas e principalmente da dimensão que as cores da cidade tomam entre o amanhecer e o entardecer, o artista plástico Robson Kosma Krieger mostra toda a beleza de Veneza em exposição aberta ao público hoje, a partir das 20h, na Pinacoteca do Clube Curitibano. Durante os doze dias que o artista passou na cidade italiana, em janeiro deste ano, foram produzidas 25 pinturas à óleo que revelam todo o encanto e romantismo de Veneza.

?Os poucos artistas paranaenses que retrataram Veneza sempre falaram sobre suas cores e as tonalidade que elas tomam durante um mesmo dia, o que é um desafio na pintura. De manhã uma neblina paira pela cidade, de repente o sol brilha lá em cima e tudo muda?, conta Krieger. Entre os artistas paranaenses que retrataram Veneza estão Theodoro De Bona e Ricardo Krieger (pai de Robson Krieger). Do conjunto das mais de vinte obras, três já foram vendidas, o que mostra o interesse de galeristas e apreciadores de arte, mesmo para um trabalho que ainda não foi visto finalizado. Em entrevista realizada ontem, Robson confessou que os compradores ainda não viram os quadros ao vivo.

Ruas que seguem canais, pontes como a de Rialto, prédios, restaurantes, hotéis, bares, a cúpula da Basílica de São Marcos com o Palácio Du Calli ao fundo em tons amarelos e vermelho são marcados pelo contraste do verde do chão e o azul do céu, como observa Robson na totalidade de sua obra. Segundo ele, Veneza possui uma magia como existe em todo o mundo, mas foi na Itália que se revelaram grandes pintores, o que torna a experiência ainda mais expressiva.

Tendo seu pai como um dos grande pintores paranaenses, Robson teve desde cedo o contado com as artes e conhecimentos sobre a pintura. ?Achava interessante, é claro, mas foi somente quando fui para o Curso de Educação Artística em Artes Plásticas na UFPR que aprendi a pintar realmente?, revela. O objetivo do artista é dar continuidade ao trabalho de seus antecessores que também retratavam as paisagens do Paraná como foi o início com Alfredo Andersen, e posteriormente De Bona e seu próprio pai. ?Esse tipo de trabalho é muito bem visto por nós (paranaenses), talvez seja um lado bairrista que ainda exista e goste do cenário de paisagens de Curitiba e seus arredores?.

Os quadros não foram datados porque o artista não quis deixar o trabalho temporal. Com apoio do Clube Curitibano, as obras são expostas ao grande público hoje e nos próximos dias; quem não for associado do clube e quiser conhecer o trabalho em outras datas, deve ligar para o clube e agendar visita. Os preços das obras variam entre R$ 650 até R$ 1.500. Exposição aberta até o dia 23 de abril. Mais informações pelo telefone (41) 3244-8091.

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