Instituto Tomie Ohtake inaugura mostra ‘E se Quebrarem as Lentes Empoeiradas?’

Além da exposição Tomie Ohtake 100-101, o instituto que leva o nome da pintora e escultora também inaugura nesta quarta, 1º, às 20h, a mostra E se Quebrarem as Lentes Empoeiradas?, formada por obras de Marcone Moreira, Thiago Rocha Pitta e Eduardo Berliner. Não se trata de uma coletiva, mas de exibições individuais de cada um dos artistas como parte do programa Arte Atual, desenvolvido desde 2013 pela instituição.

Terceira edição do projeto elaborado pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, E se Quebrarem as Lentes Empoeiradas?, que ficará em cartaz até o dia 10 de maio, relaciona três criadores de poéticas bem diferentes, entretanto, conectados por proporem “alternativas às formas de saber estabelecidas” dentro de um contexto de “certezas, dispositivos técnicos e sistemas lógicos que pautam nossa apreensão do mundo”, como afirma o texto curatorial. “Marcone traz o saber popular, amazônico; Thiago, a relação com a paisagem; e Berliner, o saber de provocar os materiais da pintura”, define Paulo Miyada, coordenador do Núcleo de Curadoria.

A sala de Marcone Moreira apresenta uma pesquisa sobre a relação entre cultura e desenvolvimento em uma região pobre como o Pará. Uma videoprojeção acompanha, através de um percurso ferroviário, a alteração da paisagem e das condições da população local. Ao mesmo tempo, o espaço expositivo do artista também abriga peças escultóricas criadas pela apropriação de restos de embarcações e outros materiais da região.

Já Thiago Rocha Pitta exibe cinco projeções nas quais explora, por meio de imagens de erosões, a “metáfora da transformação”. “São como mapas mutáveis”, define o curador Paulo Miyada. Por fim, Eduardo Berliner expõe um grande conjunto de pinturas e desenhos que abrigam “memórias trabalhadas através de alegorias”. São obras de uma figuração e materialidade pulsantes.

As mostras dos artistas convidados pelo programa Arte Atual são realizadas em parceria com as galerias que os representam. No caso desta edição, o projeto contou com apoio da Casa Triângulo (Eduardo Berliner), Blau Projects (Marcone Moreira) e Millan (Thiago Rocha Pitta). Além de Miyada, integram o Núclo de Pesquisa e Curadoria do Tomie Ohtake, criado em 2011, as curadoras Carolina de Angelis, Julia Lima, Olivia Ardui e Priscyla Gomes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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