Rio de Janeiro – Dez oficiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro foram exonerados hoje (31) pela secretaria de Segurança do Rio. Depois de protestarem por maiores salários, oito coronéis, um tenente-coronel e um major foram afastados de seus cargos.
Mesmo com as exonerações, os protestos vão continuar garante a Associação de Militares do Rio que pretende fazer, na madrugada desta sexta-feira (1º), um ato na orla de Copacabana. Cruzes brancas devem lembrar os policiais mortos em serviço.
Os oficiais deixam os cargos de comando para integrar o Departamento Geral de Pessoal. Perdem também uma gratificação salarial. No caso dos coronéis, cerca de R$ 2,5 mil a menos no salário.
Eles foram exonerados por participarem de um grupo denominado Barbonos, que fazia protestos ?descabidos? por melhores salários, segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Em entrevista à imprensa hoje (31), Beltrame disse que outros policiais estão sendo investigados e também podem ser punidos. ?As corregedorias estão assumindo os casos.?
O secretário nega que a Polícia do Rio esteja enfrentando uma crise e afirma que a corporação passa por uma renovação. ?Pretendemos mudanças estruturais e essenciais. Entre elas, a oxigenação com oficiais [de patentes] inferiores assumindo cargos de frente?, disse.
No último domingo (27), um grupo de oficiais organizou uma passeata na praia de Ipanema, zona sul. A manifestação foi o estopim para a troca no Comando-Geral da Polícia anunciada na última terça-feira (29).
Insatisfeitos, ontem (30), mais de 40 oficiais pediram demissão. Os pedidos ainda estão sendo analisados, segundo a secretaria de Segurança.