Garfield chega aos cinemas dos EUA

Ele tem tudo a ver com Hollywood: é um gato rebelde, egoísta e cheio de manias. Garfield finalmente saiu das histórias em quadrinhos e foi parar nas telas com o único objetivo de divertir. Sua estréia neste final de semana nos Estados Unidos (no Brasil só 16 de julho) não foi das mais brilhantes: ficou em quinto lugar. Mas bem que ele poderia comentar: “quem se importa em ser o primeiro?”

O autor da tira diária de quadrinhos sobre o gato que adora lasanha e odeia segundas-feiras diz que era essa mesma sua intenção com Garfield: O filme.

“Foi feito para uma coisa apenas: fazer o público rir” -disse Jim Davis à agência Reuters. – Só consigo umas 25 palavras por dia, ou até menos. O que poderia acontecer quando Garfield ganha 85 minutos? É outra maneira de entreter, é todo um outro desafio.

Há 25 anos Davis passa o dia diante de sua prancheta, deliciando seus fãs com suas observações sobre pessoas comuns e seu cotidiano, canalizadas pela mente do gato mal-humorado cujo dono é o fictício Jon Arbuckle. Garfield é publicado por 2.600 jornais em todo o mundo e lido por 260 milhões de pessoas.

Faz travessuras, coisa que as crianças gostam. É independente, o que agrada aos teens. Passa o dia todo na cadeira, assistindo TV e comendo – logo, os adultos se identificam com ele. Mas Davis disse que não quis fazer um filme especificamente para um desses públicos.

A diferença, no caso do filme, é que Garfield, o astro de cinema, é gerado por computador e personificado pela voz sarcástica de Bill Murray (no Brasil, o gato ganhou a voz de Antônio Calloni). O castelo de Garfield é a casa de Jon Arbuckle (interpretado por Breckin Meyer), e seu império, o beco sem saída onde Jon mora.

Davis contou que, nos últimos anos, já tinha sido procurado por muitos produtores e executivos de estúdio para fazer o filme, mas que não quis se envolver com animação tradicional. Com o computador, porém, foi possível criar o tipo certo de Garfield tipicamente atípico, capaz de parecer um desenho animado mesmo dentro de um ambiente do mundo real.

Jim Davis contou que trabalhou muito com os roteiristas Joel Cohen e Alec Sokolow (“Toy story”, “Doze é demais”), além do diretor Pete Hewitt (“The borrowers”), para criar uma versão de Garfield que traduzisse fielmente o espírito da história em quadrinhos.

Garfield foi a Hollywood, e Jim Davis está feliz com isso. Ele calcula que os produtores pagaram 200 animadores para criar Garfield, o que faz do bichano o gato mais bem pago de Hollywood.

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