Festival promete elevar temperatura

Rio – A semana começa com uma jornalista cocainômana discutindo o futuro da profissão e outras questões mais ?profundas??. No dia seguinte ?viajamos? pelo século XIX ao lado de um ex-escravo deslumbrado com o mundo em transformação. Respire um pouco para logo entrar no mundo mítico da fronteira do sul do Brasil. Partimos para a saga de uma família de imigrantes japoneses durante cem anos no Brasil, na quarta-feira. E que tal mais para o fim da semana: discutir a revolução do cinema digital? Na sexta-feira, no entanto, viajaremos em um navio pelo Oceano Atlântico em pleno 1752.

Assim é a programação da mostra competitiva de longas brasileiros do 33.º Festival de Gramado, uma viagem por temas distintos que começou ontem e termina no próximo sábado com o anúncio dos vencedores do Troféu Kikito. Uma das principais alterações nas regras de exibição este ano é o fim do ineditismo dos filmes. Muitos, por exemplo, já foram exibidos em outros festivais como Carreiras, de Domingos Oliveira, Cafundó, de Paulo Betti, Cerro do Jarau, de Beto Souza, e Gaijin – Ama-me como sou, de Tizuka Yamasaki. Esse gostinho de falta de novidade pode tirar um pouco do glamour do mais tradicional festival de cinema do País, mas nada que atrapalhe o brilho e diminua sua importância. Já Sal de prata, de Carlos Gerbase, e Diário de um mundo novo, de Paulo Nascimento, fazem suas estréias em Gramado aumentando a expectativa do evento.

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