Exposição conta a história de praça

A Fundação Cultural de Curitiba abre a exposição fotográfica Praça Eufrásio Correia, amanhã, na Casa Erbo Stenzel. Tombada pelo Estado desde 1985, a praça é um tributo do Paraná às personalidades nacionais, artistas, engenheiros e imigrantes que colaboraram para o seu desenvolvimento. Com 37 painéis, a exposição conta a história da praça, do desenvolvimento a sua volta e de seus monumentos.

Antigamente, a praça era o Largo da Estação, que foi nomeado Praça Eufrásio Correia em 1888, em homenagem ao advogado parnanguara Manoel Eufrásio Correia, político de destaque da época. Para o viajante que desembarcava na estação ferroviária, nos idos de 1900, o primeiro vislumbre da capital paranaense era a Praça Eufrásio Correia, um largo arborizado, e a Rua da Liberdade, que partia do prédio da estação rumo ao centro de Curitiba.

A paisagem começou a se modificar em 1880, quando teve início a implantação de um projeto de expansão urbana para a cidade, a partir da construção da estação ferroviária. A Praça Eufrásio Correia e a Rua da Liberdade (atual Barão do Rio Branco) foram concebidas dentro desse plano. O embarque e desembarque de passageiros e cargas na estação, e a delimitação de ruas e largos em seu entorno, transformaram aquele lugar ermo em um pólo comercial e industrial. A Rua da Liberdade, onde se situavam o Palácio do Congresso e do Governo, tornou-se palco de concorridos desfiles cívicos para receber as personalidades que vinham a Curitiba. Em tais ocasiões, curiosos lotavam a Praça Eufrásio Correia.

As primeiras melhorias do logradouro aconteceram em 1903, para sediar uma grande exposição estadual, comemorativa do cinqüentenário do Paraná. Para o evento, aberto em 19 de dezembro daquele ano, a praça foi aplainada com macadame, revestida com pedregulhos, cercada e ajardinada. Construíram-se pavilhões para os expositores. Na gestão do prefeito Cândido de Abreu, entre 1913 e 1916, a praça recebeu novos canteiros e ruas, e uma bacia central na qual foi instalado um repuxo, decorado com estátuas encomendadas na França, de onde também foi trazida uma luminária em estilo art-nouveau, colocada em um dos cantos do logradouro.

A Praça Eufrásio Correia se distingue por preservar até hoje suas aléias revestidas de pedriscos, reúne uma diversidade de monumentos, estátuas, bustos, hermas, edificações e placas comemorativas, além de abrigar, desde 1957, a sede da Câmara Municipal, instalada no Palácio Rio Branco, que foi inaugurado na década de 1890 como Palácio do Congresso.

Serviço:
Exposição fotográfica Praça Eufrásio Correia, aberta na Casa Erbo Stenzel, Parque São Lourenço, de terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 18h. A entrada é franca.

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