Estréia de “Kubanacan”, nova novela das sete da Globo

Carlos Lombardi garante que “Kubanacan” vai ser uma novela alto-astral, engraçada e, acima de tudo, a mais romântica que escreveu até hoje. Para interpretar a história, que estréia amanhã, o autor coloca em cena a sua “companhia lombardiana de tevê”, novamente encabeçada por Daniele Winits, que vai enlouquecer o trio de galãs Marcos Pasquim, Vladimir Brichta e Humberto Martins. No elenco fixo, presenças cativas reaparecem, como Betty Lago, André Mattos e Nair Bello, além de participações, como as de Paulo Betti, Cristiana Oliveira e Marcelo Novaes. “Realmente formamos uma companhia de comédia, com elenco e estilo bem-definidos”, confirma Wolf Maya.

“Kubanacan” se passa na década de 50 numa fictícia ilha do Caribe. A temperatura raramente é menor do que 30º C, a língua é o espanhol e o principal produto local, a banana. Humberto Martins vive o General Camacho, que chegou ao poder através de um golpe de estado, armado com a primeira-dama vivida por Betty Lago. A história, na verdade, é uma versão bem-humorada dos últimos 50 anos da América Latina, com seus governos ditatoriais, escândalos de corrupção e a sensualidade, a marca do povo que vive abaixo da linha do Equador. “Me inspirei em Cassiano Gabus Mendes e como ele ambientaria ?Que rei sou eu?? hoje. Pensei no Caribe, na república das bananas e fui parar nos anos 50. Quando vi, a idéia estava cristalizada”, conta Lombardi.

A trama se passa em duas cidades encravadas na ilha de Kubanacan. Em Santiago fica a aldeia de pescadores, onde mora a bela Marisol, papel de Daniele Winits, que está morena e com lentes de contato cor de mel. “Não me incomodo de falarem que só trabalho com o Wolf e o Lombardi porque é uma parceria que me acrescenta e desafia”, afirma Winits. Após a chegada do desmemoriado Esteban, de Marcos Pasquim, o cotidiano do pacato lugar se altera. Ele dá uma surra em Enrico, vivido por Vladimir Brichta, e acaba roubando a namorada do pescador, no caso, a estonteante Marisol. Esteban, porém, não lembra, ou finge não lembrar, do passado. “É difícil compor um personagem no escuro”, ressalta Pasquim.

Já na capital, La Bendita, o Palácio do Governo Kubanaquense fica no lado rico. É lá onde mora a dupla Humberto Martins e Betty Lago com seus três filhos, papéis de Iran Malfitano, Daniel Del Sarto e Tatyane Fontinhas Goulart. Os corredores palacianos viram palco para as principais tramóias da história, o que vai dividir os personagens entre os que estão do lado do general e os que ficam com a primeira-dama. “O Camacho tem, inclusive, um sósia para confundir os inimigos. É muito engraçado”, diverte-se Humberto. Do outro lado da cidade fica o cortiço, onde mora o núcleo encabeçado por Nair Bello, que vive Dona Dolores, mãe das personagens de Adriana Esteves e Carolina Ferraz. “A diferença para ?Uga Uga? é que agora tenho filhas impossíveis e não filhos. Mas a diversão continua a mesma”, garante Nair Bello.

Uma peculiaridade de “Kubanacan” é que só existem 40 personagens fixos, incluindo atores infantis e pequenos papéis com fala. A idéia é que a novela conte com muitas participações principalmente de atores que já estiveram na “companhia” do autor para imprimir na nova trama das sete um estilo mais característico das comédias de costumes. Está previsto, por exemplo, que Luana Piovani e Giovanna Antonelli apareçam na história, além de uma legítima atriz cubana. “Isto dá dinamismo à novela, além de o ator exercitar com vários parceiros”, ressalta Carolina Ferraz.

Com gravações previstas em Miami e em Cuba, “Kubanacan” vai ser embalada por uma trilha regada a salsa, bolero e rumba. O glamour tropical também vai ficar explícito em cenários como hotéis e cassinos de luxo e praias paradisíacas. Mas será no Coliseu, lugar que Enrico inaugura depois que ganha uma bolada, que Lombardi e Wolf vão atiçar a audiência feminina ao tirar a camisa dos bonitões da produção, como Vladimir Brichta, Marcos Pasquim, Iran Malfitano e Bruno Garcia. Os respectivos personagens vão até lá para praticar lutas. “Não me incomodo em explorar o físico, porque está no contexto da novela”, minimiza Vladimir, estreante na “companhia” de Lombardi.

Voltar ao topo