Equipe do Esporte Espetacular não esconde satisfação pelo trabalho

Os fãs do Esporte Espetacular começam pela própria equipe do programa. Comemorando 30 anos amanhã, dia 8, o esportivo dominical conta com uma produção de “apaixonados”, que não escondem a satisfação em participar de um dos programas mais antigos da Globo. Mesmo que para isso tenham de trabalhar também no sábado à noite e no domingo pela manhã para colocar o Esporte Espetacular no ar, entre às 9h30 e 12h do domingo. O clima entre os apresentadores Tino Marcos e Glenda Kozlowski, o narrador Maurício Torres, o diretor Ricardo Pereira e os demais editores do programa é de total confraternização. “Somos fãs do EE. Por isso, o programa tem este ambiente positivo tanto na telinha quanto nos bastidores”, pondera Tino.

A apresentadora Glenda Kozlowki, por exemplo, tem uma relação quase passional com o Esporte Espetacular. Tanto que só aceitou apresentar o Globo Esporte em São Paulo se a emissora prometesse que não a tiraria do EE. A tetracampeã mundial de bodyboard lembra que apareceu no programa com 13 anos e desde esta época já era uma espectadora assídua. Hoje com 29 anos e desde 2001 como apresentadora oficial do EE, Glenda adora a dobradinha com Tino Marcos. Os dois, aliás, não páram de rir nos intervalos e sempre entram no ar com largos sorrisos. Nem mesmo o fato de o programa contar com eventos ao vivo e ter de ser editado conforme o desenrolar das competições, alterando o planejamento da equipe, a faz perder a tranqüilidade. “Várias vezes já apareci chorando ou às gargalhadas por causa das matérias. O pessoal já está até acostumado”, confessa a apresentadora.

Concentrado

Se Glenda e Tino formam uma dupla das mais animadas do EE, Maurício Torres precisa manter a concentração. Ao contrário dos colegas, o narrador chega na redação antes das 8 horas para ficar por dentro dos detalhes dos eventos e das modalidades. Quando a narração não é realizada no local das competições, conhecida por “off-tube”, Maurício fica em um estúdio separado, com monitores que mostram as imagens do evento e do programa. “É complicado porque tenho que narrar como se estivesse no local, mas não posso mentir que estou lá. Por isso, é importante conhecer as modalidades”, frisa o apresentador, que já era ligado no EE desde a pré-adolescência. “O programa era um dos únicos a mostrar imagens de eventos internacionais e modalidades pouco populares entre os brasileiros”, justifica.

Marcantes

Segundo o diretor Ricardo Pereira, é justamente relembrar os momentos mais marcantes do programa o objetivo da equipe durante 2003. Para admiradores como o próprio Maurício Torres, a produção vem fazendo entrevistas com atletas estrangeiros já vistos no EE. A primeira foi a maratonista suíça Gabriele Andersen, que ficou conhecida pela imagem em que era flagrada cambaleando na chegada da Olimpíada de Los Angeles, em 1984. A última, prevista para ir ao ar ou no dia 7 ou 14 de dezembro, será com Nadia Comaneci. Em 1976, na Olimpíada de Montreal, aos 14 anos, ela foi a primeira ginasta a obter nota 10 na história dos Jogos. A romena foi “achada” nos Estados Unidos pelo repórter César Augusto e as imagens são curiosas. “Ela está siliconada e deve ter feito algo no rosto. Virou uma perua”, adianta o diretor.

Outra unanimidade entre a equipe é a paixão pela abertura musical do Esporte Espetacular. Na sala de edição, por exemplo, é comum ouvir alguém cantarolando a instrumental Hyde Park. A música do inglês Alan Hawk Shaw, interpretada pela Carnaby Street Pop Orchestra, serve de abertura desde a primeira edição do programa, em 1973. No início, o Esporte Espetacular exibia matérias e competições importadas e surgiu como uma imitação do Wide World of Sports, produção da americana ABC. “O programa passou por muitas mudanças até ganhar um estilo próprio. Particularmente acompanhei todas as fases e lembro muito bem do Léo Batista apresentando o EE”, recorda Tino Marcos.

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