Roma – Dois documentários, um deles já apresentado no recente Festival de Cannes, serão apresentados para homenagear o inesquecível diretor cinematográfico Federico Fellini, dez anos após sua morte, que ocorreu em 31 de outubro de 1993.
Em 22 de junho se apresentará nos cinemas italianos “Fellini: sou um grande mentiroso”, de Damian Pettigrew, baseado em uma série de entrevistas do diretor de “La dolce vita”.
Depois será a vez de “L’ultima sequenza”, um documentário de Mario Sesti sobre o final inédito de “Oito e meio”, apresentado com grande sucesso no Festival de Cannes e já vendido para vários países.
As entrevistas de “Fellini: sou um grande mentiroso” foram filmadas um ano antes da morte do diretor. São 105 minutos em que se explora o mítico mundo de Fellini, desde a infância até seu último filme, da carreira aos sonhos e as contradições, com depoimentos de amigos, técnicos e atores.
“L’ultima sequenza”, apresentado recentemente em Cannes, trata do final inédito que Fellini havia filmado em um primeiro momento e depois substituiu no clássico “Oito e meio”: a seqüência de um trem que se dirige para o nada, com os protagonistas do filme, vestidos de branco.
Sesti teve a idéia de realizar seu documentário quando descobriu, entre milhares de fotos inéditas feitas pelo jornalista americano Gideon Bachmann no set de “Oito e meio”, enquadramentos inéditos feitos no vagão restaurante de um trem onde estavam todos os personagens do filme.
Como esse documentário dura apenas 50 minutos, Luciano Sovena, diretor-executivo da distribuidora Luce, está pensando em apresentá-lo junto a outro filme curto.
“Estamos pensando em unir o documentário de Sesti a outro feito por Tatti Sanguineti e dedicado aos cortes feitos por Fellini em `Ginger e Fred'”, explicou Sovena. A data de estréia ainda não foi decidida.