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Desfile no Museu do Amanhã reúne criações de estilistas iniciantes

Fashionistas se reuniram no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira, 27, para a quarta edição do SENAI Brasil Fashion, evento que celebra o trabalho de estilistas e modelistas estudantes da instituição.

Mas, apesar de iniciantes, os criadores trabalharam com nomes de peso do universo da moda: os estilistas Alexandre Herchcovitch, Lenny Niemeyer, Lino Villaventura e Ronaldo Fraga serviram como consultoras das microcoleções apresentadas. Na passarela entraram tops como Isabelli Fontana, Carol Trentini, Dany Braga e Valentina Sampaio, que desfilaram ao lado de jovens selecionadas em comunidades carentes de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Até a Fundação Cacique Cobra Coral, conhecida por ser a responsável por espantar a chuva da Cidade do Rock durante os dias de Rock in Rio em todas as edições do festival, estava presente no evento para garantir que tudo ocorresse bem.

Os 24 estudantes, vindos de todo o Brasil e selecionados entre as unidades do SENAI e do SENAI CETIQT, trabalharam em dupla, um estilista e um modelista, para criar coleções com o tema principal “Moda é Futuro. Futuro é Moda”. O desafio era trazer peças com tecnologia e informação de moda.

A regionalidade foi o que mais chamou atenção durante a apresentação. Nilcéia Nascimento e Amanda de Almeida, de Colatina, Espírto Santo, decidiram falar sobre como a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, afetou sua cidade, uma das mais prejudicadas no acidente. Para isso, elas usaram o pó da lama resultado do rompimento das barragens da Samarco, em 2015.

Já a dupla Juliana Siqueira e Raíssa Campos, orientadas por Lenny Niemeyer, trouxe uma coleção inspirada em temas exotéricos e no street style carioca, tudo ao som de uma batida de funk, claro.

Tecidos tecnológicos e o futuro da moda também estavam presentes no desfile. Paloma Lima e Fernanda Marin, de Goiás, apresentaram o que elas chamaram de renda do futuro – tecido feito na impressora 3D, que não utilizou costura, que formaram peças com shape dos anos 1960. Já as paulistas Tarcila Silva e Joice Parra olharam para um futuro mais próximo, propondo peças sem gênero, que mudam de formato de acordo com a necessidade.

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