Depois do carnaval tem Ana de Hollanda

d61.jpgNascida em uma família de artistas e intelectuais, filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, a cantora e compositora Ana de Hollanda será a atração do Teatro da Caixa no final de semana depois do Carnaval (dias 23, 24 e 25), no show Um filme. Ana, que cantava desde criança em saraus familiares e de amigos, estreou nos palcos aos 16 anos, integrando o conjunto vocal As Quatro Mais que acompanhava seu irmão, Chico. Por muitos anos, nos coros, cantou em discos e shows de artistas consagrados até que, em 1980, lançou o primeiro LP solo, que levava seu nome, Ana de Hollanda, pelo Selo Eldorado.

Seu segundo disco, o CD Tão simples, foi lançado pela Movie Play, em 1995, com grande sucesso de crítica, que a considera uma cantora de voz doce, intimista e afinadíssima. Nesses anos, Ana de Hollanda se apresentou em quase todos os estados do Brasil, assim como no exterior e tem feito participações especiais em coletâneas e diversos discos de outros artistas. Além dos 16 anos de aulas de técnica vocal, estudou teatro, onde atuou algumas vezes, principalmente em musicais.

Em Um filme, seu mais recente CD, Ana de Hollanda estreou como compositora. Em Girando sob a tempestade, fez letra e música, inspirada numa tempestade de granizo de uma tarde do verão do início de 2000. A partir de uma canção de Kleber Costa, ela compôs Contra mim e letrou para Jards Macalé o samba que dá nome ao CD e ao show – Um filme – uma fantasia ou uma lembrança possível. Essa idéia da fantasia, possível ou não, passou a ser o mote e a imagem que permeia as demais canções do CD, daí o título. Há ainda canções de Aldir Blanc, Chico César, Guinga, Maurício Carrilho, Moacyr Luz, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Paulo César Pinheiro, Pedro Caetano, Sérgio Santos e Vadico, entre outros.

Além dos arranjos do produtor Marco André, o trabalho contou com outros de Maurício Carrilho, Fernando Merlino, além dos próprios autores Guinga, Jards Macalé, Kleber Costa e Moacyr Luz. Esse disco lançado em 2001 no Brasil e, posteriormente exportado para vários países, lançado através da gravadora Inpartmaint no Japão, e Poloarts na China, com faixas licenciadas para vários outros selos de diversos países, está sendo um sucesso de crítica.

Categoria

Como diz Paulo César Pinheiro, ?Ana de Hollanda, com sua voz pequena mas emocional, dá seu recado com categoria. Afinada e de timbre mais para o agudo, ela se envolve com o que canta, e passa, para quem ouve, essa sinceridade. Nos surpreenderia compondo, não fosse Ana da estirpe dos Buarque. É bonita, bem bonita a sua canção. O disco é esmerado. Gosto imensamente do resultado. E, apesar de interpretar com beleza as músicas lentas, tenho especial predileção, particularmente, pela maneira sestrosa com que mostra os sambas?.

Para este show no Teatro da Caixa, Ana estará acompanhada por um trio formado pelo pianista e arranjador Helvius Vilela, pelo contrabaixista Novelli e pelo baterista Fernando Pereira. No repertório, além de algumas canções do último CD e dos anteriores, Ana interpretará preciosidades escolhidas nas obras dos melhores compositores da música popular brasileira. Ela aproveitará a ocasião para mostrar, também, suas parcerias inéditas, incluindo as feitas com Hélvius Vilela e Novelli, dois grandes músicos e compositores que estarão no palco acompanhando-a.

Serviço:

Ana de Hollanda no show Um filme. Teatro da Caixa, de 23 a 25 de fevereiro. Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00 (clientes, idosos e estudantes), à venda no Teatro da Caixa (rua Conselheiro Laurindo, 280). Informações 2118-5111 e 2118-5233. Lotação do teatro: 123 lugares.

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