Dalton Trevisan é finalista do Portugal Telecom

São Paulo – Meditação sobre os Lajedos (Bagaço), de Alberto Cunha Melo; Nove Noites (Companhia das Letras), de Bernando Carvalho; Pico na Veia (Record), de Dalton Trevisan; Desassombro (7 Letras), de Eucanaã Ferraz; O Anônimo Célebre (Global), de Ignácio de Loyola Brandão; Berkeley em Bellagio (Objetiva), de João Gilberto Noll; Voltar a Palermo (Rocco), de Luzilá Gonçalves; A Cabeça (Cosac & Naify), de Luiz Vilela; Horizonte de Esgrimas (Funpec), de Mário Chamie; A Regra Secreta (Landy), de Sebastião Uchôa Leite. Essas são as dez obras, publicadas em 2002, finalistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira.

Representante curitibano na final, Pico na Veia, de Dalton Trevisan, é uma coletânea que reúne cerca de 200 contos, ou “miniestórias”, como prefere o misterioso autor. São textos curtos e secos, impregnados da ironia cortante e do humor cáustico típicos de Dalton – num olhar privilegiado sobre a condição humana. Os temas são a realidade do Brasil de hoje, onde a miséria, o desemprego e o desespero diante da desesperança provocam suicídios, humilhações, medo, amargura e exploração sexual ? particularmente das mulheres ?, numa ficção de primeira qualidade.

O nome do vencedor do prêmio Portugal Telecom será anunciado no dia 4 de novembro, na Estação Júlio Prestes, em São Paulo. O autor da melhor obra receberá R$ 100 mil – o segundo e terceiro colocado receberão, respectivamente, R$ 30 mil e R$ 20 mil.

Os livros finalistas foram escolhidos ontem, por uma comissão de 20 jurados, eleitos por 80 nomes ligados à literatura e à cultura do País. Esse júri também escolheu, entre seus membros, os três nomes que votarão, junto com a comissão artística do prêmio (Flávio Loureiro Chaves, Lucila Nogueira, Deonísio da Silva e Luiz Costa Lima), na escolha dos vencedores. São eles: a escritora e editora Beatriz Resende e os críticos Fábio Lucas e Ítalo Moriconi. Os votos desse novo júri serão abertos apenas no dia da entrega do prêmio.

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