Chico Buarque grava para o filme Cabra Cega

Chico Buarque esteve sexta-feira passada no Trama Estúdio, em São Paulo, gravando com a cantora e produtora Fernanda Porto. Fernanda está produzindo a trilha sonora do filme Cabra Cega, de Toni Venturi, com previsão de estréia no segundo semestre.

Como o filme se passa durante a ditadura militar, a trilha é composta por canções daquela época. Algumas músicas estão presentes em suas versões originais e outras foram recriadas por Fernanda Porto, como.

Construção e Roda Viva, por exemplo. Fernanda, que também é instrumentista, preparou alguns arranjos inéditos e exóticos para as canções mais famosas do compositor. Chico Buarque gostou da nova roupagem de Roda Viva e topou participar da gravação.

Fernanda Porto

Na sua formação musical, a cantora e instrumentista Fernanda Porto percorreu os caminhos da música erudita contemporânea, junto ao mestre H. J. Koellreuter, que a introduziu na chamada “música-planimétrica” enquanto cursava Composição e Regência.

O próprio Koellreuter se diz estimulado pelo trabalho de Fernanda: “Ela conseguiu contribuir com algo de precioso ao acervo da música brasileira de nossa época”, afirmou Koellreuter. “O seu ciclo de cantos distingue-se por uma distribuição inteligente e coerente dos valores de redundância e informação, na música e na poesia.”

No passado, também se dedicou a composição e orquestração de trilhas sonoras para filmes e documentários, como “O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes” de Toni Venturi (1998); “Vítimas da Vitória” de Berenice Mendes (1997) – com o qual ganhou o prêmio de melhor trilha sonora no festival de Cinema de Brasília – “Desterro” (1995), de Eduardo Paredes (prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Cinema de São Luís do Maranhão).

Toni Venturi

O diretor de Cabra Cega é paulistano e viveu 10 anos no Canadá, onde se formou em Cinema na Ryrson University, Toronto, 1980-84. Retornou ao Brasil em 85. Trabalha como diretor de cinema, publicidade e televisão.

No início dos 90, dirigiu para TV as séries O paulista adora a Paulista; Mata Atlântica e Força do Interior.

Entre 93 e 98, dirigiu a série Gente que faz, e passou a trabalhar então com cinema. Produziu e dirigiu 3 curtas metragens em película: recentemente ele dirigiu eproduziu O Velho, a História de Luiz Carlos prestes.

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