Bridget Jones 2 prova que geração não amadureceu

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Renée Zellwegwer, a texana
que virou inglesa.

Quem achava que a geração Bridget Jones já tinha amadurecido e desistido da idéia de reclamar dos homens ou da falta de pode se preparar para a volta triunfal da rechonchuda balzaquiana. A seqüência do fenômeno iniciado com o livro da britânica Helen Fielding quatro anos atrás voltou à tela grande fazendo sucesso nas bilheterias inglesa e americana. No Limite da Razão é a prova de que os conflitos da mulher moderna – como perder peso, parar de fumar, encontrar um trabalho melhor e ser feliz ao lado de um amor – continua na moda.

O filme, que entra em cartaz no Brasil apenas em 3 de dezembro, estreou na Inglaterra em primeiro lugar neste fim de semana faturando mais de US$ 20 milhões. Nos Estados Unidos, onde foi lançado em circuito restrito, No Limite da Razão ficou em quinto lugar. E isso porque a comédia nem entrou no circuito de verdade ainda, o que vai acontecer esta semana…

Na pele da insegura Bridget está novamente Renée Zellweger, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante este ano por Cold Mountain e uma das favoritas ao prêmio principal ano que vem devido a sua impressionante entrega ao personagem. Zellweger engordou 14 quilos (dizem que ganhava também alguns milhares de dólares por cada quilo) e agradou críticos e fãs da literatura e de filmes "mulherzinha". O público se apaixonou pelo retrato que ela fez da inglesinha solteira e gordinha que bebe, fuma, fala palavrão e é totalmente desajeitada, enquanto busca o caminho certo em sua vida amorosa. O sucesso foi tanto que, em todo o mundo, O Diário de Bridget Jones arrecadou US$ 254 milhões.

No limite da razão começa com Bridget namorando há um mês e meio Mark Darcy (Colin Firth), seu "advogado de direitos humanos e deus sexual total". Como para mulheres inseguras um namoro não pode durar muito, reaparece na vida da balzaquiana seu velho objeto de paixão, Daniel Cleaver (Hugh Grant). Enquanto o Diário de Bridget Jones tratava da busca pelo amor, o segundo filme fala de como manter o amor aceso.

O argumento da seqüência tem uma pitada de dramaticidade, quando Bridget viaja à Tailândia, onde é presa por suspeita de tráfico de drogas. Mas, assim como no primeiro filme, Bridget continua metendo os pés pelas mãos, fazendo bobagens e é a mesma mulher insegura, que cria planos mirabolantes que não dão certo e está constantemente dividida entre o sublime e o ridículo.

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